Câmara de Lisboa vendeu 24 edifícios devolutos por três milhões de euros
Dinheiro vai servir, segundo António Costa, para aplicar em reabilitação de património municipal.
Na primeira hasta pública do programa, na última sexta-feira, estiveram presentes 70 interessados. Os 24 edifícios foram licitados em média 27 vezes, e a câmara conseguiu arrecadar cerca de três milhões de euros, “1,3 milhões acima do valor-base de licitação”, disse o autarca socialista.
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Na primeira hasta pública do programa, na última sexta-feira, estiveram presentes 70 interessados. Os 24 edifícios foram licitados em média 27 vezes, e a câmara conseguiu arrecadar cerca de três milhões de euros, “1,3 milhões acima do valor-base de licitação”, disse o autarca socialista.
Uma vez que o “Reabilita Primeiro, Paga Depois” permite a compra do edifício, atrasando o momento do seu pagamento para depois da conclusão das obras de reabilitação, num prazo máximo de três anos, a autarquia recebeu, de momento, um milhão de euros, referente aos proprietários que conseguiram apresentar pronto pagamento.
António Costa indicou que este montante de um milhão vai ser “alocado integralmente à reabilitação de património municipal que precisa de ser reabilitado”.
Para o presidente da câmara, esta é uma forma de o município “ter recursos sem recorrer à banca, sem pagar juros e sem endividamento”, mas também de “contribuir para acelerar o processo de reabilitação urbana”.
No âmbito do “Reabilita Primeiro, Paga Depois”, a autarquia vai licitar brevemente “três edifícios de maior dimensão” e, em Junho, mais 20.
“Isto é importante porque demonstra que quando não nos rendemos à crise, quando não nos conformamos com a situação, quando procuramos situações novas, há condições para que a economia possa responder para criar riqueza, emprego e reabilitar a cidade”, afirmou António Costa.
O autarca admitiu que o objectivo deste programa “não é fazer dinheiro”, mas “dinamizar a reabilitação, a economia e criar emprego e habitação” no centro da cidade.
António Costa, acompanhado pela vereadora da Habitação, Helena Roseta, falava aos jornalistas em Alfama, em frente a um dos prédios licitados. No caso do número 13 do Largo dos Trigeiros, o preço do metro quadrado subiu de 500 para 1200 euros durante o leilão.
Os prédios devolutos estão disponíveis na página de Internet da câmara, na qual é possível conhecer também o pedido de informação prévia do edifício, ou seja, as alterações que podem ser realizadas e as funções que podem ser atribuídas.