Crise financeira de Chipre atinge animais domésticos

Há cada vez mais pessoas a abandonar animais, por não terem como os sustentar.

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AFP

O dinheiro enviado tem como destino oito associações e vai servir para alimentar 1200 cães e gatos durante um mês.

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O dinheiro enviado tem como destino oito associações e vai servir para alimentar 1200 cães e gatos durante um mês.

Os donativos para os abrigos animais cipriotas estagnaram com as medidas de contenção governamentais. A principal razão, aponta o IFAW, é o limitado acesso às contas bancárias. “As dificuldades financeiras dos últimos anos fizeram com que os abrigos já se esforçassem para conseguir cumprir as necessidades básicas dos animais” sob os seus cuidados, diz, em comunicado. Situação que se agravou nos últimos meses, levando os abrigos de uma situação frágil para uma “desesperante”.

“No passado, o IFAW forneceu este tipo de ajuda de emergência a zonas de conflito, como o jardim zoológico de Trípoli, Bagdad ou no Cairo, durante a Primavera Árabe. Parece inconcebível que um Estado-membro da União Europeia estivesse numa posição de necessidade similar à desses países, mas essa é a realidade lá”, disse o directora regional para a União Europeia do IFAW, Sonja Van Tichelen.

A situação está a ficar “insustentável”, defende o Fundo, e está a verificar-se um aumento dos animais que são entregues a associações.

“Independentemente das causas, é frequente que os animais sofram injustamente nos tempos de crise, uma vez que as pessoas de quem eles dependem deixam de estar disponíveis para cuidar dos animais”, disse o gerente do Programa de Resposta a Desastres do IFAW. “Resta ao IFAW actuar e ajudar enquanto se procura uma solução sustentável e a longo termo”, concluiu.