PCP acusa Governo de impor “liquidação” das funções sociais do Estado
Reacção dos comunistas a declaração ao país de Pedro Passos Coelho.
Para os comunistas, Passos Coelho e Paulo Portas estão a criar “falsas justificações” e “pretextos” para imporem mais austeridade e mais “liquidação de direitos” aos portugueses e assim “disfarçar o rumo de desastre” que o país tem seguido.
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Para os comunistas, Passos Coelho e Paulo Portas estão a criar “falsas justificações” e “pretextos” para imporem mais austeridade e mais “liquidação de direitos” aos portugueses e assim “disfarçar o rumo de desastre” que o país tem seguido.
Jorge Cordeiro, do comité central do PCP, começou por dizer estar tarde que o Governo está "socialmente isolado e politicamente derrotado". Afirmou depois que as declarações de Passos Coelho representam uma espécie de antecâmara do pedido de um novo resgate às instituições internacionais, que os comunistas entendem estar “em preparação há muito”.
“Não é a Constituição, nem são os portugueses a quem o Governo manda emigrar, que estão a mais no país. Quem está a mais é o Governo do PSD e CDS”, sublinhou.
Jorge Cordeiro considerou ainda que o "declarado confronto" entre o Governo e o TC é um "inequívoco sinal de que há muito está posto em causa o regular funcionamento das instituições". Por isso, o PCP pede a “urgente demissão” do Governo e a convocação de novas eleições por parte de Cavaco Silva. O apoio do Presidente da República à continuação do mandato de Passos Coelho é visto pelo PCP como um acto de "cumplicidade com o caminho de ruína e destruição nacional".
Os comunistas apelam “aos trabalhadores e ao povo” para intensificarem a luta, participando na manifestação convocada pela CGTP para o próximo sábado, em Lisboa.