Em Pyongyang a vida decorre com normalidade, dizem turistas
Grupo de turistas, que chegou a Pequim este sábado, não sentiu ameaça de guerra nas ruas da capital da Coreia do Norte.
O regime de Kim Jong-Un declarou a intenção de usar armas nucleares contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos e informou as missões diplomáticas de que não seria capaz de garantir a sua segurança após dia 10.
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O regime de Kim Jong-Un declarou a intenção de usar armas nucleares contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos e informou as missões diplomáticas de que não seria capaz de garantir a sua segurança após dia 10.
Contudo, todo esse ambiente belicista não foi sentido pelos turistas. "Estamos felizes por estar de volta, mas não tive medo enquanto lá estive", garantiu Tina Krabbe, uma dinamarquesa que passou cinco dias na Coreia do Norte." Nós não sentimos que existisse muita tensão na cidade" de Pyongyang, acrescentou.
"A minha mãe achava que uma guerra ou algo parecido ia explodir", relatou, por sua vez, um adolescente de 15 anos em uma viagem escolar, natural de Hong Kong. Mas "tudo o que vimos foi pacífico. Absolutamente nenhum problema ", acrescentou.
Os visitantes revelaram que foram acompanhando o processo através das notícias da BBC, que viam no hotel, exclusivo para estrangeiros.
Nicholas Bonner, fundador da agência de viagens Koryo Tours, que organiza viagens para a Coreia do Norte há 20 anos, esteve naquele país há uma semana e confirmou que a vida decorria como "normalmente". "Continuamos a fazer viagens [para a Coreia do Norte] e, neste momento, temos lá um grupo", adiantou.
"As pessoas continuam a fazer o seu trabalho diariamente, e são muito acolhedoras. O turismo continua", disse Bonner, que espera que o líder norte-coreano se acalme.
Uma guia turística da agência Koryo Tours, Amanda Carr, informou que os turistas podem usar telemóvel desde que comprem um cartão SIM naquele país, mas que este não tem acesso à Internet. Sobre os colegas norte-coreanos, Amanda Carr disse que aqueles acompanham os turistas e não revelam preocupação. "Acreditam que o seu país é poderoso e os seus líderes fortes o suficiente para os levar por um caminho direito", concluiu.