Especialista da Universidade do Minho atribui derrocada a “uma combinação de causas”
Remoção das terras é "processo delicado, a realizar com todas as cautelas para salvaguardar os bens dos moradores e as pessoas que estão lá a trabalhar”, avisa Tiago Miranda.
Para este professor de Engenharia Civil da Universidade do Minho (UM), as chuvas do último mês, a existência de linhas de água no local e a forma de construção dos dois edifícios em risco de ruína são factores que terão contribuído para o acidente. E lança uma outra pista: a qualidade dos materiais usados no aterro que sustentava os dois blocos de vivendas geminadas.
“O mais importante seria perceber qual foi o material utilizado no aterro”, comenta o especialista em geotecnia. “Podia não ser o solo mais adequado e o tipo compactação que foi feito também tem influência”, acrescenta. Tiago Miranda explica que este tipo de deslizamento não é caso raro e pode mesmo acontecer durante a fase de construção. Os cinco anos decorridos desde que as casas em questão foram erguidas na freguesia de Mesão Frio, em Guimarães, “não são um tempo curto”, alerta, significando que serão precisos cuidados especiais na fase de consolidação que agora tem que ser iniciada.
Docente no pólo de Guimarães da UM, Tiago Miranda considera “prematuro” apontar uma causa principal para o deslizamento de terras de terça-feira e reitera que o mais provável é que este tenha resultado de uma conjugação de factores. É isso que “normalmente” acontece, observa.
A prioridade das autoridades é agora remover as toneladas de terra e reabrir a circular urbana de Guimarães, garantindo a segurança dos dois blocos de habitação, que se mantêm em risco. Esse é um equilíbrio “difícil”, avisa Tiago Miranda. Se os escombros mais afastados do talude onde estão as casas serão facilmente retirados, já a remoção das terras que estão mais próximas do local da derrocada exigira mais cuidado. Não há garantias de os os terrenos estejam consolidados e de que não haja mais escorregamentos. Por isso, será um processo delicado, a realizar com todas as cautelas para salvaguardar os bens dos moradores e as pessoas que estão lá a trabalhar”, sustenta.
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Para este professor de Engenharia Civil da Universidade do Minho (UM), as chuvas do último mês, a existência de linhas de água no local e a forma de construção dos dois edifícios em risco de ruína são factores que terão contribuído para o acidente. E lança uma outra pista: a qualidade dos materiais usados no aterro que sustentava os dois blocos de vivendas geminadas.
“O mais importante seria perceber qual foi o material utilizado no aterro”, comenta o especialista em geotecnia. “Podia não ser o solo mais adequado e o tipo compactação que foi feito também tem influência”, acrescenta. Tiago Miranda explica que este tipo de deslizamento não é caso raro e pode mesmo acontecer durante a fase de construção. Os cinco anos decorridos desde que as casas em questão foram erguidas na freguesia de Mesão Frio, em Guimarães, “não são um tempo curto”, alerta, significando que serão precisos cuidados especiais na fase de consolidação que agora tem que ser iniciada.
Docente no pólo de Guimarães da UM, Tiago Miranda considera “prematuro” apontar uma causa principal para o deslizamento de terras de terça-feira e reitera que o mais provável é que este tenha resultado de uma conjugação de factores. É isso que “normalmente” acontece, observa.
A prioridade das autoridades é agora remover as toneladas de terra e reabrir a circular urbana de Guimarães, garantindo a segurança dos dois blocos de habitação, que se mantêm em risco. Esse é um equilíbrio “difícil”, avisa Tiago Miranda. Se os escombros mais afastados do talude onde estão as casas serão facilmente retirados, já a remoção das terras que estão mais próximas do local da derrocada exigira mais cuidado. Não há garantias de os os terrenos estejam consolidados e de que não haja mais escorregamentos. Por isso, será um processo delicado, a realizar com todas as cautelas para salvaguardar os bens dos moradores e as pessoas que estão lá a trabalhar”, sustenta.