Serena Williams derrota Maria Sharapova em Miami

Andy Murray e David Ferrer discutem a ?final masculina do Sony Open Tennis, o segundo Masters 1000 da época.

Fotogaleria

Se o ranking de ambas não tem deixado dúvidas quanto à forma em que chegaram a Miami, já a abordagem ao encontro foi diferente. Serena Williams procurava um inédito sexto título, Maria Sharapova o troféu que mais deseja incluir no palmarés, depois de quatro finais perdidas. Acabou por ser Serena a gerir melhor o querer e a vencer, por 4-6, 6-3 e 6-0, ao fim de duas horas e oito minutos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Se o ranking de ambas não tem deixado dúvidas quanto à forma em que chegaram a Miami, já a abordagem ao encontro foi diferente. Serena Williams procurava um inédito sexto título, Maria Sharapova o troféu que mais deseja incluir no palmarés, depois de quatro finais perdidas. Acabou por ser Serena a gerir melhor o querer e a vencer, por 4-6, 6-3 e 6-0, ao fim de duas horas e oito minutos.

“Nunca penso que não é o meu dia. Terá sido mais: ‘Como é que ganhei sem ter jogado o meu melhor?’ Vou ter que rever o jogo em casa e estudá-lo e treinar-me para tentar ser melhor”, afirmou Serena, após a 12.ª vitória (11.ª consecutiva) sobre a rival, cujos dois únicos duelos ganhos datam já de 2004.

Serena foi sempre mais perigosa na resposta e a russa apenas conseguiu ganhar seis em 25 pontos disputados com o seu segundo serviço (apenas um em cada segundo e terceiro sets). Sharapova ganhou em Indian Wells, torneio que é boicotado pelas irmãs Williams, iniciando uma série de 11 encontros sem ceder um set.

E foi nessa sequência que dominou a partida inicial. A 4-3 do segundo set, Sharapova teve um par de game-points, mas a norte-americana começou a responder cada vez melhor e, depois de uma dupla-falta, Serena fez um break que mudou o rumo do encontro. Com o público do seu lado, Serena vulgarizou a russa no set decisivo, em especial quando duas duplas-faltas deram o 3-0 à norte-americana.

Serena é apenas a quarta tenista na era Open (desde 1968) a ganhar o mesmo torneio por seis vezes, juntando-se Martina Navratilova, Chris Evert e Steffi Graf (com quem partilhava cinco triunfos em Miami).

Na final masculina de hoje, Andy Murray vai procurar garantir o segundo lugar do ranking, por troca com Roger Federer, enquanto David Ferrer vai tentar ser o primeiro espanhol a triunfar no torneio criado em 1985.

Frente a Richard Gasquet, Murray até começou bem, chegando a servir para fechar o set inicial, a 5-4, mas enfrentou um break-point e… cometeu uma dupla-falta. Gasquet aproveitou para ganhar o tie-break, mas a solidez de Murray voltou a imperar e dominou por completo o francês, como indicam os parciais de 6-7 (3/7), 6-1 e 6-2.

Ferrer pôs fim a uma das melhores semanas da carreira de Tommy Haas. O alemão, perto de cumprir 35 anos, começou com um ténis eficaz e agressivo e apenas oito erros não forçados. Mas o primeiro serviço desapareceu no segundo set, o que contribuiu para que os pontos fossem mais discutidos do fundo do court e mais longos, ao gosto de Ferrer. Haas ainda liderou no set decisivo, por 3-1, mas o desgaste começou a sentir-se: 32 erros não forçados nos segundo e terceiro sets. E a regularidade do espanhol prevaleceu, fechando com os parciais de 4-6, 6-2 e 6-3. Nada que a filha de Haas, Valentina, de dois anos, não cure.

“A partir do 3-3 do último set, comecei a falhar muito e ele não falhou nada, foi o que fez a diferença. É duro perder, mas vou passar algum tempo com a minha filha e vou esquecer isso rapidamente. Fiz um torneio incrível, uma coisa que irei recordar toda a minha vida”, garantiu Haas.

Ferrer tem assegurado o regresso ao quarto lugar, devido à ausência de Rafael Nadal em Miami, que cai para quinto. Mas não tem maiores ambições. “Não interessa. O meu objectivo é apenas estar no top 8 no fim do ano para jogar o Masters de Londres”, frisou Ferrer.