Da biologia à joalharia: a história de Carolina Curado
Podia ser bióloga mas o amor pela joalharia falou mais alto. Hoje, as peças desta designer de jóias já são imagens de marca
Carolina Curado passou ao lado de uma carreira de Biologia e nós agradecemos. A jovem bracarense de 25 anos decidiu apostar naquela que sempre foi a sua grande paixão, a joalharia, e tem desde 2012 a sua própria marca.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Carolina Curado passou ao lado de uma carreira de Biologia e nós agradecemos. A jovem bracarense de 25 anos decidiu apostar naquela que sempre foi a sua grande paixão, a joalharia, e tem desde 2012 a sua própria marca.
Após terminar a licenciatura em Biologia, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Carolina decidiu investir, em 2009, num curso de Joalharia de Autor, na Escola Engenho & Arte, no Porto, que acabara por lhe abrir portas de um mundo há muito desejado.
Ciente de que saber desenhar era fundamental para singrar na nova área, inscreveu-se também em aulas de desenho. E aqui, “a herança da Biologia é um dos aspectos mais evidentes, não só na ilustração mas também na joalharia”, afirma Carolina em entrevista ao P3 via e-mail.
Jóias feitas com latão
Procura criar sempre em torno de materiais como zircões, pérolas e pedras e imprime a sua juventude nas formas orgânicas e coloridas e, sobretudo, no recurso ao latão – que curiosamente continua a ser a matéria-prima de eleição.
À semelhança de Joana Vasconcelos, Carolina Curado acredita que não são precisos materiais nobres para se criar uma jóia. No final, explica, “é muito mais interessante ter um trabalho com personalidade e qualidade no design”.
É por isso que, quando lhe perguntámos pelas peças em latão, a jovem diz ser “a dedicação que está em todo o processo, desde a criação até aos acabamentos finais, todas as horas de trabalho, todos os pequenos detalhes que fazem uma peça” e não o material em que é feito.
Explorar formas "menos convencionais"
Entre as muitas criações destacam-se, a título de exemplo, os “ear cuffs” – brincos que abraçam a orelha – e os anéis para as unhas.
Em relação aos primeiros, os “amores perfeitos” são os modelos mais rápidos de conceber (entre três e a cinco horas) e, simultaneamente, os mais requisitados. Vendem-se em pares ou individualmente e o preço oscila entre os 30 e os 60 euros cada um.
Já os anéis para as unhas, a entrevistada recorda que sempre gostou de explorar peças de forma “menos convencional”. O importante é “tentar sair do que já é habitual para continuar a crescer”.
Os artigos podem ser comprados online através do site oficial Carolina Curado, assim como na loja da criadora Alexandra Moura, em Lisboa, e na loja 100% Design de Moda Português, em Coimbra. O atelier próprio deverá surgir no final deste ano/início do próximo.