Fundador do Facebook quer lançar grupo de lobby político nos EUA
Mark Zuckerberg quer que o Congresso aprove uma "reforma abrangente" do sistema de imigração, que permita atrair talento para os Estados Unidos e resolver a situação de onze milhões de trabalhadores clandestinos.
Segundo o The Wall Street Journal, Zuckerberg está a apresentar a sua ideia a amigos e colaboradores de Silicon Valley, informando-os da sua intenção de avançar com a criação de uma organização política independente que faça lobby junto do Congresso e da Casa Branca, para a consideração e aprovação de uma série de projectos legislativos na área da imigração e do ensino.
Os relatos de que Zuckerberg se terá comprometido pessoalmente com 20 milhões de dólares para a constituição do grupo não foram desmentidos pela porta-voz do Facebook, que, no entanto, se escusou a fornecer outros pormenores sobre o assunto. Alegadamente, Zuckerberg já garantiu comparticipações de monta para a sua iniciativa: o fundador do LinkedIn, Reid Hoffman, foi apontado como outro dos principais financiadores.
Vários líderes empresariais do sector de alta tecnologia têm alertado para a necessidade de uma reforma urgente no sistema de imigração, de forma a torná-lo “mais aberto e flexível”. Este grupo, que inclui os CEO de gigantes como a Microsoft, Google, Oracle, Intel, eBay e Yahoo, diz que o Governo deve facilitar a atribuição de vistos de trabalho e residência para indivíduos altamente qualificados.
No início do mês, o fundador do Facebook foi um dos signatários de uma carta aberta dirigida ao Presidente Barack Obama, pedindo-lhe para não desistir do seu propósito de reforma do sistema de imigração. “No século passado, as pessoas falavam na corrida às armas. Agora falamos de uma corrida aos cérebros. E quem for capaz de atrair os melhores cérebros, as mentes mais brilhantes, os maiores talentos, vai ganhar essa corrida”, compararam os subscritores do documento. “Quando se está a debater a imigração, é nisso que se deve pensar: que os Estados Unidos precisam de atrair estes recursos que estão dispersos por todo o mundo”, explicou Rey Ramsey, o organizador da rede TechNet responsável pela divulgação da carta aberta.
Mas, segundo as notícias, Zuckerberg pretende ir mais além nas suas propostas, defendendo – tal como a Administração Obama – uma “reforma abrangente” do sistema de imigração que estabeleça critérios e condições para que os cerca de 11 milhões de trabalhadores clandestinos nos Estados Unidos, muitos dos quais sem qualificações, possam permanecer no país.
E essa não será a única causa que o novo comité de acção política pretende promover. A missão da organização também declara que o crescimento económico e o combate às desigualdades sociais passa pelo investimento na educação, que, segundo defende, também deve ser alvo de uma profunda reforma. O financiamento da investigação científica é a outra preocupação imediata dos financiadores da iniciativa.
A imprensa norte-americana dizia que um sinal claro do compromisso de Mark Zuckerberg com a nova organização era a contratação de dois consultores políticos que são considerados como “pesos pesados” no circuito de lobby de Washington: o antigo director de comunicação do Presidente Bill Clinton, e um conhecido estratego republicano.
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Segundo o The Wall Street Journal, Zuckerberg está a apresentar a sua ideia a amigos e colaboradores de Silicon Valley, informando-os da sua intenção de avançar com a criação de uma organização política independente que faça lobby junto do Congresso e da Casa Branca, para a consideração e aprovação de uma série de projectos legislativos na área da imigração e do ensino.
Os relatos de que Zuckerberg se terá comprometido pessoalmente com 20 milhões de dólares para a constituição do grupo não foram desmentidos pela porta-voz do Facebook, que, no entanto, se escusou a fornecer outros pormenores sobre o assunto. Alegadamente, Zuckerberg já garantiu comparticipações de monta para a sua iniciativa: o fundador do LinkedIn, Reid Hoffman, foi apontado como outro dos principais financiadores.
Vários líderes empresariais do sector de alta tecnologia têm alertado para a necessidade de uma reforma urgente no sistema de imigração, de forma a torná-lo “mais aberto e flexível”. Este grupo, que inclui os CEO de gigantes como a Microsoft, Google, Oracle, Intel, eBay e Yahoo, diz que o Governo deve facilitar a atribuição de vistos de trabalho e residência para indivíduos altamente qualificados.
No início do mês, o fundador do Facebook foi um dos signatários de uma carta aberta dirigida ao Presidente Barack Obama, pedindo-lhe para não desistir do seu propósito de reforma do sistema de imigração. “No século passado, as pessoas falavam na corrida às armas. Agora falamos de uma corrida aos cérebros. E quem for capaz de atrair os melhores cérebros, as mentes mais brilhantes, os maiores talentos, vai ganhar essa corrida”, compararam os subscritores do documento. “Quando se está a debater a imigração, é nisso que se deve pensar: que os Estados Unidos precisam de atrair estes recursos que estão dispersos por todo o mundo”, explicou Rey Ramsey, o organizador da rede TechNet responsável pela divulgação da carta aberta.
Mas, segundo as notícias, Zuckerberg pretende ir mais além nas suas propostas, defendendo – tal como a Administração Obama – uma “reforma abrangente” do sistema de imigração que estabeleça critérios e condições para que os cerca de 11 milhões de trabalhadores clandestinos nos Estados Unidos, muitos dos quais sem qualificações, possam permanecer no país.
E essa não será a única causa que o novo comité de acção política pretende promover. A missão da organização também declara que o crescimento económico e o combate às desigualdades sociais passa pelo investimento na educação, que, segundo defende, também deve ser alvo de uma profunda reforma. O financiamento da investigação científica é a outra preocupação imediata dos financiadores da iniciativa.
A imprensa norte-americana dizia que um sinal claro do compromisso de Mark Zuckerberg com a nova organização era a contratação de dois consultores políticos que são considerados como “pesos pesados” no circuito de lobby de Washington: o antigo director de comunicação do Presidente Bill Clinton, e um conhecido estratego republicano.