Uma aplicação que resume textos tornou Nick um adolescente multimilionário

Aos 12 anos criou a primeira aplicação, à quarta app conseguiu a atenção dos investidores e esta semana um acordo com a Yahoo tornou-o um dos adolescentes britânicos mais ricos.

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Não se sabe ainda o valor final que será pago a Nick D’Aloisio pela app, mas algumas estimativas já começaram a ser avançadas. O AllThingsD, site de notícias de tecnologia, fala num acordo de 30 milhões de dólares (23 milhões de euros), enquanto o The Guardian aponta para 18 milhões de libras (21 milhões de euros), “90% em dinheiro e 10% em acções do Yahoo”, um valor total que alguns acreditam que pode chegar a perto de 47 milhões de euros.

“Se temos uma boa ideia, ou pensamos que há uma falha no mercado, avançamos e divulgamos essa ideia. Há investidores em todo o mundo neste momento à procura de companhias onde investir”, disse Nick à Reuters para explicar o seu sucesso.

Ao britânico o Yahoo terá ainda feito uma oferta de trabalho, mas, para já, trabalhar a tempo inteiro na empresa não está nos planos de Nick, como sublinhou em declarações ao The New York Times. “Ainda me falta um ano e meio para terminar o secundário”. “Vou ficar em Londres. Quero terminar os meus exames finais e não poderia realmente viver por minha conta lá fora”, acrescentou, por sua vez, ao The Guardian. Entretanto, Nick vai trabalhar sempre que possível a partir dos escritórios do Yahoo em Londres, tornando-se no mais jovem funcionário da empresa norte-americana.

Nick deu os primeiros passos no mundo da tecnologia aos nove anos, quando teve o seu primeiro computador e começou por fazer pequenos filmes. Com o apoio do pai, que trabalha na Morgan Stanley, e da mãe, uma advogada, aos 12 anos arriscou a programação, depois dos pais lhe terem oferecido o livro C Programming For Dummies (Programação C para Totós), e criou a sua primeira aplicação, a Fingermill. Seguiu-se a Facemood, uma app que ajuda a analisar o estado de humor dos utilizadores do Facebook, e ainda a SongStumblr, destinada à pesquisa de músicas.

Nick investiu depois na app Trimit, que foi descarregada mais de 200 mil vezes, uma espécie de versão inicial do que se viria a tornar a Summly. A ideia para a aplicação surgiu da frustração de Nick com os resultados de pesquisa no Google depois de um dia de estudos. A informação que encontrou era demasiada e tinha pouco tempo para a ler. Arrancou com a app Trimit, que, através de um algoritmo, reduzia automaticamente textos a 400 caracteres.

A Trimit foi melhorada e em Novembro de 2012 é apresentada a Summly, que lhe valeu o prémio da Apple para uma das melhores aplicações disponibilizadas pela marca nesse ano. Foi assim que Nick chamou a atenção da Horizons Ventures, firma liderada por Li Ka-shing, um homem rico e poderoso de Hong Kong, que criou um fundo que permitiu ao adolescente britânico contratar uma equipa e arrendar um espaço onde continuasse a desenvolver a aplicação.

A Li Ka-shing juntaram-se outros investidores, como o actor norte-americano Ashton Kutcher, a artista Yoko Ono e ainda o patrão do grupo de comunicação News Corp, Robert Murdoch. A Yahoo surgiu no caminho do adolescente em Dezembro  e desde então têm decorrido as negociações para adquirir a Summly.

Para o estudante do ensino secundário em Wimbledon, nos arredores de Londres, "há sempre alguém disposto a investir numa boa ideia". “Tem sido superexcitante, [os investidores] souberam [da app] em 2012 quando foi tornado público o primeiro investimento de Li Ka-shing. Todos acreditaram na ideia, todos ofereceram diferentes experiências para nos ajudar”, contou Nick à Reuters.
 
 
 

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Não se sabe ainda o valor final que será pago a Nick D’Aloisio pela app, mas algumas estimativas já começaram a ser avançadas. O AllThingsD, site de notícias de tecnologia, fala num acordo de 30 milhões de dólares (23 milhões de euros), enquanto o The Guardian aponta para 18 milhões de libras (21 milhões de euros), “90% em dinheiro e 10% em acções do Yahoo”, um valor total que alguns acreditam que pode chegar a perto de 47 milhões de euros.

“Se temos uma boa ideia, ou pensamos que há uma falha no mercado, avançamos e divulgamos essa ideia. Há investidores em todo o mundo neste momento à procura de companhias onde investir”, disse Nick à Reuters para explicar o seu sucesso.

Ao britânico o Yahoo terá ainda feito uma oferta de trabalho, mas, para já, trabalhar a tempo inteiro na empresa não está nos planos de Nick, como sublinhou em declarações ao The New York Times. “Ainda me falta um ano e meio para terminar o secundário”. “Vou ficar em Londres. Quero terminar os meus exames finais e não poderia realmente viver por minha conta lá fora”, acrescentou, por sua vez, ao The Guardian. Entretanto, Nick vai trabalhar sempre que possível a partir dos escritórios do Yahoo em Londres, tornando-se no mais jovem funcionário da empresa norte-americana.

Nick deu os primeiros passos no mundo da tecnologia aos nove anos, quando teve o seu primeiro computador e começou por fazer pequenos filmes. Com o apoio do pai, que trabalha na Morgan Stanley, e da mãe, uma advogada, aos 12 anos arriscou a programação, depois dos pais lhe terem oferecido o livro C Programming For Dummies (Programação C para Totós), e criou a sua primeira aplicação, a Fingermill. Seguiu-se a Facemood, uma app que ajuda a analisar o estado de humor dos utilizadores do Facebook, e ainda a SongStumblr, destinada à pesquisa de músicas.

Nick investiu depois na app Trimit, que foi descarregada mais de 200 mil vezes, uma espécie de versão inicial do que se viria a tornar a Summly. A ideia para a aplicação surgiu da frustração de Nick com os resultados de pesquisa no Google depois de um dia de estudos. A informação que encontrou era demasiada e tinha pouco tempo para a ler. Arrancou com a app Trimit, que, através de um algoritmo, reduzia automaticamente textos a 400 caracteres.

A Trimit foi melhorada e em Novembro de 2012 é apresentada a Summly, que lhe valeu o prémio da Apple para uma das melhores aplicações disponibilizadas pela marca nesse ano. Foi assim que Nick chamou a atenção da Horizons Ventures, firma liderada por Li Ka-shing, um homem rico e poderoso de Hong Kong, que criou um fundo que permitiu ao adolescente britânico contratar uma equipa e arrendar um espaço onde continuasse a desenvolver a aplicação.

A Li Ka-shing juntaram-se outros investidores, como o actor norte-americano Ashton Kutcher, a artista Yoko Ono e ainda o patrão do grupo de comunicação News Corp, Robert Murdoch. A Yahoo surgiu no caminho do adolescente em Dezembro  e desde então têm decorrido as negociações para adquirir a Summly.

Para o estudante do ensino secundário em Wimbledon, nos arredores de Londres, "há sempre alguém disposto a investir numa boa ideia". “Tem sido superexcitante, [os investidores] souberam [da app] em 2012 quando foi tornado público o primeiro investimento de Li Ka-shing. Todos acreditaram na ideia, todos ofereceram diferentes experiências para nos ajudar”, contou Nick à Reuters.