Bagão Félix defende Governo “alargado”

O ex-ministro das Finanças diz que a única alternativa é haver um entendimento entre PSD, CDS e PS. E diz o país não precisa de eleições neste momento.

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Com eleições agora "dificilmente seria formado um Governo de maioria estável e sólida", diz Bagão MIGUEL MADEIRA

“Para mim, não há alternativa [ao actual Governo] neste momento. Ou melhor, há só uma, que é um Governo mais alargado, entre os partidos que estão envolvidos directa e indirectamente na assinatura e na execução do memorando de entendimento”, subjacente ao programa de ajustamento económico assinado com a troika, referiu Bagão Félix à RTP Informação.

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“Para mim, não há alternativa [ao actual Governo] neste momento. Ou melhor, há só uma, que é um Governo mais alargado, entre os partidos que estão envolvidos directa e indirectamente na assinatura e na execução do memorando de entendimento”, subjacente ao programa de ajustamento económico assinado com a troika, referiu Bagão Félix à RTP Informação.

“Eleições é o que menos seria adequado” para o país neste momento, disse, explicando que, “num contexto destes, dificilmente seria formado um Governo de maioria estável e sólida”.

O ex-ministro das Finanças defendeu a unidade nacional no Governo num momento em que surgem clivagens na maioria, com o CDS a defender uma remodelação governamental. “Penso que este seria um sinal importante e inequívoco que o primeiro-ministro daria no sentido do compromisso que tem de levar esta legislatura até ao fim”, afirmou António Pires de Lima, presidente do Conselho Nacional do partido à Lusa, no passado sábado.

O executivo de Passos Coelho tem pela frente uma prova de fogo: a decisão do Tribunal Constitucional sobre os recursos ao Orçamento do Estado para 2013. O PS anunciou que vai apresentar uma moção de censura ao Governo, tendo o secretário-geral do partido enviado à troika uma carta em que explica as razões da decisão.

“É óbvio que uma moção de censura serve para derrubar o Governo”, explicou fonte do PS ao PÚBLICO. Na missiva, que deverá ser divulgada publicamente nesta terça-feira, António José Seguro diz que honrará os compromissos assumidos pelo Estado, mas que pretende renegociar o acordo com as autoridades externas.