Almeida Henriques trava candidatura independente do social-democrata Carlos Marta a Viseu
Secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional abandonou cargo no Governo para se candidatar às autárquicas.
O secretário de Estado Adjunto da Economia só aceitou deixar o Governo para se candidatar à Câmara de Viseu depois de ter a garantia de que o seu nome era absolutamente consensual no PSD. Segunda-feira à noite, o seu nome foi votado por unanimidade numa assembleia geral alargada do PSD, pouco depois de a comissão política concelhia, presidida pelo vereador Guilherme Almeida, ter proposto o ainda secretário de Estado para encabeçar a lista social-democrata. Antes desta assembleia geral alargada do PSD, Almeida Henriques reuniu-se com Pedro Passos Coelho e os dois acertaram tudo.
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O secretário de Estado Adjunto da Economia só aceitou deixar o Governo para se candidatar à Câmara de Viseu depois de ter a garantia de que o seu nome era absolutamente consensual no PSD. Segunda-feira à noite, o seu nome foi votado por unanimidade numa assembleia geral alargada do PSD, pouco depois de a comissão política concelhia, presidida pelo vereador Guilherme Almeida, ter proposto o ainda secretário de Estado para encabeçar a lista social-democrata. Antes desta assembleia geral alargada do PSD, Almeida Henriques reuniu-se com Pedro Passos Coelho e os dois acertaram tudo.
O “sim” de Almeida Henriques travou o avanço de uma candidatura independente protagonizada pelo social-democrata Carlos Marta a Viseu. O presidente da Câmara de Tondela, que está a cumprir o seu terceiro e último mandato, já tinha avisado o partido que se o candidato do PSD fosse Américo Nunes, vice-presidente da autarquia viseense – escolha pessoal de Fernando Ruas – então seria candidato independente, disputando a mesma base eleitoral que o PSD.
Perante a ameaça de uma candidatura independente e da saída em bloco de militantes das fileiras do partido, Ruas recua e os sociais-democratas unem-se à volta de uma candidatura consensual encabeçada pelo visiense Almeida Henriques, um nome que esteve em cima da mesa várias vezes.
Foi o “amplo consenso” do partido à volta do seu nome que levou o governante a abandonar o executivo de Pedro Passos Coelho. “Estimularam-me fortemente a abraçar este desígnio de me candidatar e de liderar um projecto”, disse Almeida Henriques nesta terça-feira aos jornalistas, à margem da cerimónia de assinatura de protocolos de investimento em projectos de protecção do litoral em Lisboa.
O secretário de Estado Adjunto da Economia permanecerá no Governo pelo menos até 15 de Maio, o tempo que considera necessário para fechar alguns dos dossiers que tem em mãos. "Será com toda a normalidade que haverá um processamento dos meus dossiers para membros dentro do Ministério”.
Almeida Henriques só anunciará públicamente a sua candidatura depois de meados de Maio.
Notícia corrigida às 17h44 Corrige os nomes de Carlos Marta e Américo Nunes.