Japão permite acesso parcial a cidade evacuada após a catástrofe em Fukushima
Dois anos após o sismo e tsunami que danificou a central nuclear e obrigou 110 mil pessoas a deixarem as suas casas, a maioria dos habitantes de Tomioka pode regressar, mas ainda não definitivamente.
Por estar localizada a cerca de 10 quilómetros da província de Fukushima, Tomioka foi uma das zonas declaradas interditas pelo Governo um mês depois da catástrofe. O abalo danificou quatro dos seis reactores da central de Fukushima Daiichi e, na altura, enormes quantidades de substâncias radioactivas foram libertadas para o ar, terra e mar. Cerca de 110 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas num raio de 20 quilómetros.
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Por estar localizada a cerca de 10 quilómetros da província de Fukushima, Tomioka foi uma das zonas declaradas interditas pelo Governo um mês depois da catástrofe. O abalo danificou quatro dos seis reactores da central de Fukushima Daiichi e, na altura, enormes quantidades de substâncias radioactivas foram libertadas para o ar, terra e mar. Cerca de 110 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas num raio de 20 quilómetros.
Dois anos depois, o Governo decidiu “redesenhar” a cidade em três zonas de evacuação em caso de acidente nuclear, de acordo com as doses anuais estimadas de radiação, segundo a edição online do jornal The Japan Times. Cerca de 11.500 pessoas vão poder voltar às zonas com menos radiação, mas ainda de forma controlada.
Na zona nordeste do município, onde viviam 4500 pessoas antes do sismo, mantém-se a interdição: os residentes não podem voltar às suas casas durante os próximos cinco anos, devido aos altos níveis de radiação. O Governo espera autorizar o acesso livre a esta zona em 2017.
A zona central, onde viviam cerca de 10 mil pessoas, foi designada zona de “residência proibida”. As pessoas poderão voltar às suas casas para limpá-las e reabilitá-las, durante um período limitado de horas, sem possibilidade de pernoitar.
O resto da cidade, que engloba a zona Sul, está “em preparação para o cancelamento da ordem de evacuação”. O acesso também é limitado mas o Governo espera poder autorizar em breve o retorno permanente dos residentes, cerca de 1500 antes do sismo. Nestas duas últimas zonas, o Governo acredita que será possível o acesso livre em 2016, segundo o The Japan Times.
Tomioka é a oitava cidade em que o acesso parcial ou total é permitido, após o acidente na central nuclear. Apesar desta autorização, o município vai manter em vigor o plano de evacuação durantes os próximos quatro anos. Nesse período, os habitantes deverão aproveitar para recuperar e reconstruir as infra-estruturas danificadas pela catástrofe de Maio de 2011.