Autoridade da Concorrência dá autorização final para venda do Pavilhão Atlântico
O processo arrastava-se desde Julho de 2012, quando o Governo aprovou a venda ao consórcio Arena Atlântida, por 21,2 milhões de euros.
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A AdC tinha dado luz verde à venda do Pavilhão Atlântico no dia 5 de Março, mas só confirmou agora a decisão, depois de ouvidos os interessados no negócio, ou seja, o consórcio vencedor, a Arena Atlântida, e o consórcio concorrente, que integrava a promotora Everyrthing is New.
O processo de venda do Pavilhão Atlântico arrastava-se desde Julho de 2012, quando o Governo aprovou a venda ao consórcio Arena Atlântida, por 21,2 milhões de euros.
O consórcio é composto pela promotora Ritmos & Blues, pelo promotor Luís Montez, em nome individual, e pela actual equipa gestora daquele equipamento, com o apoio do banco BES.
A venda do Pavilhão Atlântico englobava também a venda da empresa de venda de bilhetes Blueticket.
No entanto, a AdC avançou, em Agosto de 2012, com um processo de análise do negócio e com uma “investigação aprofundada”, por ter “sérias dúvidas” de que aquele não violava a lei da concorrência.
A Arena Atlântida apresentou garantias e compromissos à AdC, nomeadamente a “alienação da participação do accionista Luís Montez no capital social da Ticketline, empresa de serviços de ticketing concorrente da Blueticket”.
Em comunicado desta sexta-feira, o consórcio Arena Atlântida assegurou que quer manter o Pavilhão Atlântico como o “pólo cultural de Lisboa e como a grande sala de espectáculos do país”, com uma “programação atractiva, variada e culturalmente relevante”.
“O consórcio comprometeu-se em manter nos seus quadros a totalidade dos 25 trabalhadores que já compunham a equipa do Pavilhão Atlântico”, referiu.
No início de Março, Jaime Fernandes, um dos elementos do grupo Arena Atlântida, disse à agência Lusa que esperava ter o processo de compra concluído até Abril.