Rockets disparados sobre Israel no segundo dia da visita de Obama

O objectivo foi “fazer compreender por meios não-diplomáticos" que "não é bem-vindo na região”, disse o presidente da câmara da cidade atingida.

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Vestígios da acção de um dos rockets Amir Cohen/Reuters

Obama, que tem encontro previsto com Abbas e com o primeiro-ministro, Salam Fayyad, chegou na quarta-feira a Israel. Estará apenas algumas horas em Ramallah, na Cisjordânia, antes de seguir para Jerusalém, onde discursa. O Presidente dos Estados Unidos disse na quarta-feira que não leva propostas de solução política e que foi à região “para ouvir”.

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Obama, que tem encontro previsto com Abbas e com o primeiro-ministro, Salam Fayyad, chegou na quarta-feira a Israel. Estará apenas algumas horas em Ramallah, na Cisjordânia, antes de seguir para Jerusalém, onde discursa. O Presidente dos Estados Unidos disse na quarta-feira que não leva propostas de solução política e que foi à região “para ouvir”.

“Um dos rockets explodiu no quintal de uma casa da cidade de Sderot, provocando estragos. O segundo caiu num descampado”, disse à AFP um porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld. O presidente da câmara local, David Bouskila, disse à rádio militar de Israel que o objectivo do ataque foi “fazer compreender por meios não-diplomáticos a Barack Obama que não é bem-vindo na região”. Responsáveis do Exército disseram também à estação que os disparos visam “prejudicar a visita de Barack Obama”.

A cidade é alvo frequente de rockets do Hamas e de outros grupos palestinianos. Foi visitada em Julho de 2008 por Obama, na altura como candidato presidencial que apoiou a recusa de Israel em negociar directamente com o movimento islamista palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde Junho de 2007.

O anterior disparo de rocket feito de Gaza sobre Israel, que também não causou danos pessoais, aconteceu a 26 de Fevereiro. Foi o primeiro desde o fim de hostilidades entre o Exército israelita e grupos palestinianos de Gaza, em Novembro, que se prolongaram por oito dias e custaram a vida a 177 palestinianos e seis israelitas.

Os confrontos acabaram depois de um cessar-fogo entre Israel e o movimento Hamas, mediado pelo Egipto. Nessa altura, foi disparado cerca de um milhar de rockets, incluindo sobre as cidades de Telavive e Jerusalém.