Referendo na Escócia sobre independência marcado para Setembro de 2014
Sondagens mais recentes indicam que um terço dos escoceses é favorável à independência.
“Tenho a honra de anunciar que na quinta-feira 18 de Setembro de 2014 vamos organizar o referendo sobre a Escócia. [É] um dia histórico para os habitantes, que decidirão sobre o futuro da Escócia”, disse, sob os aplausos dos deputados.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Tenho a honra de anunciar que na quinta-feira 18 de Setembro de 2014 vamos organizar o referendo sobre a Escócia. [É] um dia histórico para os habitantes, que decidirão sobre o futuro da Escócia”, disse, sob os aplausos dos deputados.
A questão a que os eleitores vão responder é: “A Escócia deve ser um país independente?”
Segundo as sondagens mais recentes, um terço dos escoceses é favorável à independência, que, a ser aprovada, aconteceria após mais de 300 anos de ligação à coroa britânica. Metade é favorável à manutenção do actual estatuto que lhes dá a autonomia.
O Partido Nacional Escocês (SNP), liderado por Alex Salmond, favorável à independência, venceu as eleições de Maio de 2011. O SNP queixa-se que o Parlamento britânico, onde os representantes da Escócia são uma pequena minoria – a Inglaterra tem 53 milhões de habitantes –, não dá atenção suficiente aos interesses dos escoceses. A Escócia tem cinco milhões de habitantes.
O acordo sobre o referendo foi assinado entre os governos de Londres e de Edimburgo em Outubro do ano passado.
“Um voto no sim representa um futuro em que podemos estar certos, 100% certos, de que o povo da Escócia terá o governo no qual votar”, disse Salmond no discurso desta quinta-feira.
Os três principais partidos políticos do Reino Unido – conservadores, trabalhistas e liberais-democratas – já anunciaram que farão campanha pelo “não” à independência. O primeiro-ministro conservador, David Cameron, está empenhado nessa campanha.