A guerra de Guy Debord continua
Manuscritos, panfletos, cartazes, documentos preparatórios para filmes, fotografias, trabalhos dele próprio, de amigos e colaboradores. Em 2011, a Biblioteca Nacional de França (BNF) comprou a maior parte dos arquivos de Guy Debord (1931-1994), um dos grandes pensadores franceses do século XX; agora, Guy Debord. Un Art de la Guerre, a exposição que a BNF inaugura no próximo dia 27, apresenta pela primeira vez o conjunto desse legado, hoje classificado como tesouro nacional.
Está lá muito do que se foi conhecendo de forma fragmentária, ao longo dos tempos, mas há também material inédito: a totalidade das notas de leitura do autor de obras como o emblemático A Sociedade do Espectáculo (1969) ou Panegírico (1989). "Todos estes documentos permitem perceber o propósito de um autor cujas ideias estão ainda muito vívidas na sociedade contemporânea", escreve a BNF no dossier de divulgação da exposição.
Marxista e membro fundador, em 1957, da Internacional Situacionista, que esteve por detrás dos protestos do Maio de 68 em França, Guy Debord defendeu - não só em A Sociedade do Espectáculo como em quase toda a sua obra - que o capitalismo não só alienou os trabalhadores como tornou todas as relações transaccionáveis, fazendo com que, hoje, a vida em sociedade não passe de um espectáculo, uma pantomima a cobrir a verdade da degradação humana.
Noutro texto incluído no dossier de divulgação da mostra, Bruno Racine, presidente da BNF, explica acreditar que a exposição "vai dar nova vida a uma vanguarda cujo papel é de importância capital, tal como podemos constatar todos os dias". Todos os dias.
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Manuscritos, panfletos, cartazes, documentos preparatórios para filmes, fotografias, trabalhos dele próprio, de amigos e colaboradores. Em 2011, a Biblioteca Nacional de França (BNF) comprou a maior parte dos arquivos de Guy Debord (1931-1994), um dos grandes pensadores franceses do século XX; agora, Guy Debord. Un Art de la Guerre, a exposição que a BNF inaugura no próximo dia 27, apresenta pela primeira vez o conjunto desse legado, hoje classificado como tesouro nacional.
Está lá muito do que se foi conhecendo de forma fragmentária, ao longo dos tempos, mas há também material inédito: a totalidade das notas de leitura do autor de obras como o emblemático A Sociedade do Espectáculo (1969) ou Panegírico (1989). "Todos estes documentos permitem perceber o propósito de um autor cujas ideias estão ainda muito vívidas na sociedade contemporânea", escreve a BNF no dossier de divulgação da exposição.
Marxista e membro fundador, em 1957, da Internacional Situacionista, que esteve por detrás dos protestos do Maio de 68 em França, Guy Debord defendeu - não só em A Sociedade do Espectáculo como em quase toda a sua obra - que o capitalismo não só alienou os trabalhadores como tornou todas as relações transaccionáveis, fazendo com que, hoje, a vida em sociedade não passe de um espectáculo, uma pantomima a cobrir a verdade da degradação humana.
Noutro texto incluído no dossier de divulgação da mostra, Bruno Racine, presidente da BNF, explica acreditar que a exposição "vai dar nova vida a uma vanguarda cujo papel é de importância capital, tal como podemos constatar todos os dias". Todos os dias.