Papa apela à luta contra "os sinais de destruição"
Novo líder católico recebeu os símbolos que marcam o início do pontificado. Disse que o “verdadeiro poder” de um Papa é “o serviço humilde, concreto”.
“Tudo está confiado ao homem. Quando o homem falha nessa responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, a destruição acontece”, disse, num registo em que se percebe a influência de Francisco de Assis, figura da Igreja cujo nome escolheu.
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“Tudo está confiado ao homem. Quando o homem falha nessa responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, a destruição acontece”, disse, num registo em que se percebe a influência de Francisco de Assis, figura da Igreja cujo nome escolheu.
“Em todas as épocas há Herodes com projectos de morte, [que] destroem e desfiguram o rosto do homem e da mulher”, disse também, na homilia de inauguração do pontificado, na Praça de São Pedro, em Roma.
O novo líder dos católicos afirmou também que o “verdadeiro poder” de um Papa é “o serviço humilde, concreto”.
Ao comentar a leitura do Evangelho que invoca José, marido de Maria, mãe de Jesus, disse que o pontífice deve “abrir os braços para […] acolher com afeição e ternura toda a humanidade, especialmente os mais fracos, os mais pobres, os mais pequenos”.
“Não devemos ter medo da bondade, nem da ternura”, disse, em voz forte, provocando aplausos da multidão.
Francisco, que prestou homenagem ao seu “venerado antecessor”, Bento XVI, recebeu no início da cerimónia os símbolos que marcam o início do pontificado: o pallium – uma estola branca com uma cruz vermelha, que lhe foi colocada pelo cardeal protodiácono, o francês Jean-Louis Tauran; e o anel papal – em prata dourada e não em ouro, em sinal de humildade – que lhe foi colocado na mão direita pelo decano dos cardeais, o italiano Angelo Sodano.