Desconvocada greve no Metropolitano de Lisboa
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A sindicalista falava à agência Lusa no final de uma reunião “de cerca de três horas” realizada esta terça-feira à tarde entre sindicatos representantes dos trabalhadores e a administração do Metropolitano de Lisboa.
“Discutimos algumas das questões que tínhamos em cima da mesa e, obviamente, não chegámos a acordo, mas, pela primeira vez, a empresa mostrou toda a disponibilidade para encetar um verdadeiro processo negocial”, afirmou.
Segundo a representante sindical, a administração do Metropolitano de Lisboa “marcou a primeira reunião para o dia 4 de Abril, às 15h, assumindo já um calendário negocial para se ultrapassar este diferendo”.
"Por essa razão" - prosseguiu - “e face ao facto de, pela primeira vez, a empresa ter mostrado esta abertura, entendemos suspender a greve que está agendada para o dia de amanhã [quarta-feira] e vamos falar com os trabalhadores”.
Tratava-se de uma greve parcial, durante a qual, entre as 7h e as 10h30, a circulação de comboios nas linhas Azul e Amarela estaria assegurada, nos termos dos serviços mínimos estabelecidos por um tribunal arbitral.
Segundo a resolução do plenário de trabalhadores realizado a 5 de Março, a greve era um protesto contra o actual estado do serviço público do Metro, que consideram “grave e preocupante”, e contra as medidas da actual administração, que, na opinião dos trabalhadores, “começam a colocar em causa” a prestação de tal serviço.