Pedro Passos Coelho afirmou esta segunda-feira que o programa de rescisões na administração pública deverá começar por se dirigir aos assistentes operacionais e técnicos e que as compensações a atribuir “serão alinhadas com as práticas habituais do mercado”.
António José Seguro, que reagia a este anúncio no decorrer de uma visita ao Túnel do Marão, em Vila Real, salientou que o problema “é a ameaça velada que está por trás das declarações do primeiro-ministro, e isso choca os portugueses”. “Porque, quando o país está a caminho de um milhão de portugueses desempregados, o primeiro-ministro, no fundo, já tem decidido qual é o numero de funcionários públicos que ele quer despedir. E o que está a falar aqui é claramente de um despedimento. Há essa ameaça”, salientou o líder socialista. Ainda por cima, acrescentou, “é o mesmo dr. Pedro Passos Coelho que, na campanha eleitoral, há dois anos, dizia que tinha feito as contas e que podia garantir que não haveria nem despedimentos na função pública nem redução de salários”. Para além de “estar a violar gravemente e grosseiramente uma promessa eleitoral, ele está a deixar uma ameaça velada para os funcionários públicos”.
E, quanto ao critério de o programa começar pelos menos qualificados, o secretário-geral do PS afirmou que é “inqualificável”. “Quando se procede a uma reforma da administração pública – se é que podemos falar de reforma, que é muito duvidoso – naturalmente que tem que haver objectivos que transformem essa administração pública numa administração mais eficiente, mais amiga das famílias, mais amiga das empresas, mas não é isso que está no espírito do primeiro-ministro”, acrescentou. E, para Seguro, o espírito de Pedro Passos Coelho “é atacar o Estado, o serviço público”.
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Pedro Passos Coelho afirmou esta segunda-feira que o programa de rescisões na administração pública deverá começar por se dirigir aos assistentes operacionais e técnicos e que as compensações a atribuir “serão alinhadas com as práticas habituais do mercado”.
António José Seguro, que reagia a este anúncio no decorrer de uma visita ao Túnel do Marão, em Vila Real, salientou que o problema “é a ameaça velada que está por trás das declarações do primeiro-ministro, e isso choca os portugueses”. “Porque, quando o país está a caminho de um milhão de portugueses desempregados, o primeiro-ministro, no fundo, já tem decidido qual é o numero de funcionários públicos que ele quer despedir. E o que está a falar aqui é claramente de um despedimento. Há essa ameaça”, salientou o líder socialista. Ainda por cima, acrescentou, “é o mesmo dr. Pedro Passos Coelho que, na campanha eleitoral, há dois anos, dizia que tinha feito as contas e que podia garantir que não haveria nem despedimentos na função pública nem redução de salários”. Para além de “estar a violar gravemente e grosseiramente uma promessa eleitoral, ele está a deixar uma ameaça velada para os funcionários públicos”.
E, quanto ao critério de o programa começar pelos menos qualificados, o secretário-geral do PS afirmou que é “inqualificável”. “Quando se procede a uma reforma da administração pública – se é que podemos falar de reforma, que é muito duvidoso – naturalmente que tem que haver objectivos que transformem essa administração pública numa administração mais eficiente, mais amiga das famílias, mais amiga das empresas, mas não é isso que está no espírito do primeiro-ministro”, acrescentou. E, para Seguro, o espírito de Pedro Passos Coelho “é atacar o Estado, o serviço público”.
“Ele voltou a falar em oportunidades – já tinha referido que os desempregados tinham uma oportunidade. Isto mostra a inconsciência social do primeiro-ministro que temos”, frisou.