Eurogrupo aprova alargamento do prazo do empréstimo a Portugal e Irlanda

Alargamento só se aplica ao empréstimo do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e pormenores vão ser decididos pela troika.

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O encontro onde foi tomada a decisão demorou mais de dez horas Eric Vidal/Reuters

Num comunicado emitido no final da reunião do Eurogrupo que decorreu em Bruxelas na sexta-feira e que durou mais de dez horas, durante a qual também foi aprovado o resgate a Chipre, os titulares das pastas das Finanças da área do euro dizem que esta extensão dos prazos para amortizar os empréstimos tem como principal objectivo “suavizar o calendário de amortizações destes países”.

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Num comunicado emitido no final da reunião do Eurogrupo que decorreu em Bruxelas na sexta-feira e que durou mais de dez horas, durante a qual também foi aprovado o resgate a Chipre, os titulares das pastas das Finanças da área do euro dizem que esta extensão dos prazos para amortizar os empréstimos tem como principal objectivo “suavizar o calendário de amortizações destes países”.

“Os ministros do Eurogrupo estão determinados em apoiar os esforços da Irlanda e de Portugal em recuperar em pleno o acesso aos mercados e terminar de forma bem-sucedida os seus programas que têm tido um bom desempenho. Eles [os ministros] acordaram num ajustamento das maturidades dos empréstimos do FEEF [Fundo Europeu de Estabilidade Financeira] a ambos os países de forma a suavizar o calendário de amortizações”, lê-se no comunicado.

A mesma nota explica no entanto que o detalhe dos empréstimos que verão o prazo alargado e a respectiva extensão será estudada pelas missões técnicas que estão a acompanhar o programa de ajuda externa de cada país e que são compostas pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia.

O comunicado diz que a extensão dos prazos servirá apenas para os empréstimos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, que no caso de Portugal representa um terço do empréstimo total, ou seja, cerca de 26 mil milhões de euros. Um outro terço é assegurado pelo FMI e um outro pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF). Este último tem verbas saídas do orçamento comunitário e como tal a extensão dos prazos de pagamento dos empréstimos terá de ser aprovado pelos ministros das Finanças dos 27 países da União Europeia.