Antigo primeiro-ministro italiano diz que a austeridade na Europa foi longe de mais
Romano Prodi defende as políticas económicas de Mario Monti e acredita que o ajustamento continuará, apesar da incerteza política que se vive em Itália.
Numa entrevista à Bloomberg, publicada nesta sexta-feira, Prodi defende as políticas económicas adoptadas por Mario Monti e disse estar confiante em que as reformas estruturais continuarão com o próximo Governo, mesmo face à incerteza política que paira em Itália desde as eleições legislativas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Numa entrevista à Bloomberg, publicada nesta sexta-feira, Prodi defende as políticas económicas adoptadas por Mario Monti e disse estar confiante em que as reformas estruturais continuarão com o próximo Governo, mesmo face à incerteza política que paira em Itália desde as eleições legislativas.
Romano Prodi encontra-se entre os nomes avançados como possíveis substitutos de Giorgio Napolitano como Presidente de Itália. O mandato do actual Presidente termina em Maio, altura em que o Parlamento terá de nomear o substituto.
Mas Prodi, não afastando a possibilidade da nomeação, acha improvável que o Parlamento o escolha como o próximo presidente de Itália: “Julgo que não é uma possibilidade sólida a maioria votar em mim”.
O também ex-presidente da Comissão Europeia defendeu ainda que o euro está demasiado valorizado, o que, na sua opinião, vai contra aquilo que é necessário para a recuperação da zona euro. “O euro tem uma taxa de câmbio muito alta, (…) acredito que [a moeda] é mais forte do que é necessário”, disse o antigo primeiro-ministro italiano à Bloomberg.