Negociações entre Grécia e troika suspensas até Abril
Governo grego e troika suspenderam as negociações até ao início de Abril. Ministro das Finanças grego diz que pagamento de nova tranche não está em causa.
O Governo grego defende que a pausa nas negociações não trará perturbações à avaliação do programa de ajustamento económico e afirma que é apenas uma questão de tempo até que os credores entreguem a nova tranche de 2800 milhões de euros do empréstimo à Grécia.
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O Governo grego defende que a pausa nas negociações não trará perturbações à avaliação do programa de ajustamento económico e afirma que é apenas uma questão de tempo até que os credores entreguem a nova tranche de 2800 milhões de euros do empréstimo à Grécia.
“Houve processos significativos nas negociações com a troika”, disse na quarta-feira o ministro das Finanças grego, Yannis Stournaras, à saída do encontro com os representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia. Stournaras avançou ainda, citado pelo jornal grego Kathimerini, que “não existem problemas em relação à nova tranche do empréstimo”.
No entanto, de acordo com um comunicado divulgado nesta quinta-feira pela Comissão Europeia, a comitiva da troika regressará apenas no final de Abril. Isto indica que a nova fatia do empréstimo não será entregue no final de Março, como inicialmente previsto.
O progresso nas negociações foi defendido também por Bruxelas. A Comissão Europeia defende que houve “processos significativos” na avaliação do programa de ajustamento, mas indicou também que ainda existem “questões pendentes”.
No final do encontro de quarta-feira, Yannis Stournaras não explicou que temas é que ainda esperavam luz verde por parte dos credores e referiu que a conclusão das negociações estava apenas dependente de “assuntos técnicos”.
Mas, mais do que um assunto técnico, o despedimento de 150 mil funcionários públicos tem dominado as negociações entre Governo e representantes dos credores internacionais. Os cortes já haviam sido anunciados pelo Governo, mas restam acertar as modalidades para a redução no número de trabalhadores do Estado.
Em cima da mesa de negociações estão também a elaboração de um programa nacional de recuperação de impostos e contribuição sociais e a aplicação do imposto de emergência sobre a propriedade.