Jean-Claude Juncker não exclui risco de uma “revolta social” na Europa
O primeiro-ministro do Luxemburgo pede mais equilíbrio entre austeridade e crescimento. Manifestação dos sindicatos em Bruxelas mobilizou 15 mil pessoas
“Não excluiria que corremos o risco de assistir a uma revolta social”, disse, citado pela Lusa. O Conselho Europeu deverá ser marcado por um “regresso à normalidade”, sem a “urgência da crise do euro”, e deverá ser “preparatório das decisões de Junho”, altura em que os líderes europeus voltam a reunir-se.
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“Não excluiria que corremos o risco de assistir a uma revolta social”, disse, citado pela Lusa. O Conselho Europeu deverá ser marcado por um “regresso à normalidade”, sem a “urgência da crise do euro”, e deverá ser “preparatório das decisões de Junho”, altura em que os líderes europeus voltam a reunir-se.
De acordo com a AFP, algumas dezenas de manifestantes foram identificados pela polícia, depois de terem invadido um rés-do-chão de um edifício anexo às instalações da Direcção Geral da Economia e Finanças da Comissão Europeia. A operação decorreu sem incidentes.
A iniciativa, baptizada de “primavera europeia”, teve como objectivo denunciar a política de rigor da troika, que impõe reformas dolorosas aos países em dificuldade, refere a AFP.
15 mil protestam contra austeridade
Esta quinta-feira cerca de 15 mil pessoas manifestaram-se em Bruxelas (sete mil segundo a polícia belga), respondendo ao apelo da confederação europeia dos sindicatos (CES), à qual pertencem a CGTP e UGT. “Juntos por um futuro melhor. Não à austeridade, sim ao trabalho para os jovens", era o lema desta manifestação, que decorreu sem incidentes.
Impedidos pelo perímetro de segurança imposto pela polícia de se aproximarem da emblemática Praça Schuman, situada perto do Conselho Europeu, os manifestantes quiseram passar “uma mensagem de urgência”, segundo a qual “a recessão grave caiu sobre as costas dos trabalhadores”.
A secretária geral da CES, Bernadette Ségol, disse que “a austeridade é um fracasso”, porque está a ter “um efeito social e económico devastador”. Os sindicatos europeus exigiram aos chefes de Estado e de Governo da UE, reunidos em Conselho Europeu desde as 16:30 (hora de Lisboa), uma resposta para a “emergência social” que se vive na Europa, onde mais de 26 milhões de pessoas estão desempregadas e outros 120 milhões vivem em situação de precariedade.