Concerto dos Heróis do Mar pode ser anunciado nos próximos dias

As negociações para uma actuação no Pavilhão Atlântico estão avançadas, mas, adianta Pedro Ayres Magalhães, o contrato não está ainda fechado.

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A arrojada componente iconográfica, assente em parte no imaginário imperial português, pô-los, num país liberto poucos anos antes da ditadura nacionalista do Estado Novo, no centro da polémica

O baixista do grupo, que no período final deste criaria os Madredeus, afirma que, caso se reúnam todas as condições, quer em termos logísticos quer quanto à disponibilidade dos músicos, o anúncio oficial do concerto poderá ser feito muito em breve.

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O baixista do grupo, que no período final deste criaria os Madredeus, afirma que, caso se reúnam todas as condições, quer em termos logísticos quer quanto à disponibilidade dos músicos, o anúncio oficial do concerto poderá ser feito muito em breve.

Os Heróis do Mar foram uma das bandas mais importantes do rock português dos anos 1980, aliando um apuro estético e o desejo de agitar a uma vitalidade pop da qual resultaram algumas das canções mais emblemáticas da música portuguesa das últimas três décadas. Formados em 1981 por Pedro Ayres Magalhães, pelo vocalista Rui Pregal da Cunha, pelo teclista Carlos Maria Trindade e pelo baterista Tó Zé Almeida, estrearam-se no mesmo ano com o single Saudade/Brava dança dos Heróis. No mesmo ano foi editado o homónimo álbum de estreia.

A arrojada componente iconográfica, assente em parte no imaginário imperial português, pô-los, num país liberto poucos anos antes da ditadura nacionalista do Estado Novo, no centro da polémica. Tal serenaria com o êxito maciço de singles como Amor ou Paixão, óbvios sinais de modernidade pop no cenário português de então.

Entre 1981 e 1988, a banda editou quatro álbuns de originais (Heróis do Mar, 1981; A Mãe, 1983; Macau, 1986; e Heróis do Mar IV,1988) e o mini-LP O Rapto (1984). Na primeira década do século XXI, a banda seria recuperada por nomes como Os Golpes, entretanto extintos, e pelo seu vocalista, Manuel Fúria, hoje a solo, por Tiago Guillul ou pelos Pontos Negros, que a reclamam como influência marcante.