A Última Vez que Vi Macau

João Rui Guerra da Mata não voltava a Macau há trinta anos, João Pedro Rodrigues nunca lá tinha ido. E o que começou como um documentário sobre o confronto das memórias do primeiro com a realidade contemporânea tornou-se numa espécie de ficção lúdica, evocando ao mesmo tempo as velhas séries B exóticas de Hollywood e as bandas-desenhadas heróicas do pós-II Guerra Mundial, refractadas pelo cinema depurado e quase abstracto de Rodrigues. A Última Vez que Vi Macau é uma caixinha de surpresas que se deixa levar ao sabor da aventura de descobrir uma cidade que só existe na imaginação, mas cuja desconstrução progressiva em direcção ao apocalipse audiovisual deixa sempre a sensação de uma experiência ainda inacabada - um pouco à imagem de Alvorada Vermelha, a curta contemporânea projectada em complemento, cujo olhar mais documental sobre os rituais do Mercado Vermelho de Macau não se recomenda a almas sensíveis.

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João Rui Guerra da Mata não voltava a Macau há trinta anos, João Pedro Rodrigues nunca lá tinha ido. E o que começou como um documentário sobre o confronto das memórias do primeiro com a realidade contemporânea tornou-se numa espécie de ficção lúdica, evocando ao mesmo tempo as velhas séries B exóticas de Hollywood e as bandas-desenhadas heróicas do pós-II Guerra Mundial, refractadas pelo cinema depurado e quase abstracto de Rodrigues. A Última Vez que Vi Macau é uma caixinha de surpresas que se deixa levar ao sabor da aventura de descobrir uma cidade que só existe na imaginação, mas cuja desconstrução progressiva em direcção ao apocalipse audiovisual deixa sempre a sensação de uma experiência ainda inacabada - um pouco à imagem de Alvorada Vermelha, a curta contemporânea projectada em complemento, cujo olhar mais documental sobre os rituais do Mercado Vermelho de Macau não se recomenda a almas sensíveis.