Rede de bicicletas partilhadas de Lisboa reconfigurada
"Não arranjámos financiamento", reconhece vereador Sá Fernandes. "Plano B" passa por concurso a lançar pela Emel.
Desde o início, o projecto encontrou resistências na câmara e na assembleia municipal, tendo a oposição questionado a sua excessiva ambição e os seus custos, numa altura em que se falava em 2500 bicicletas espalhadas por toda a cidade e num encargo de 3,5 milhões de euros anuais para o município.
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Desde o início, o projecto encontrou resistências na câmara e na assembleia municipal, tendo a oposição questionado a sua excessiva ambição e os seus custos, numa altura em que se falava em 2500 bicicletas espalhadas por toda a cidade e num encargo de 3,5 milhões de euros anuais para o município.
A JCDecaux, empresa à qual a autarquia se preparava para adjudicar o serviço, chegou a propor um arranque mais tímido da iniciativa, com apenas 500 unidades nas Avenidas Novas, mas nem isso aconteceu. O vereador Sá Fernandes, que tem sido o rosto desta iniciativa (lançada por Marcos Perestrello quando ocupava a vice-presidência da Câmara de Lisboa), vai propor na reunião de amanhã a decisão de não contratar qualquer entidade para a criação de uma rede de bicicletas. "Não arranjámos financiamento. Hoje em dia, face à conjuntura económica, não há hipótese", admitiu ao PÚBLICO.
No entanto, o vereador garante que a cidade não vai ficar sem bicicletas de uso partilhado: a Empresa Pública Municipal de Mobilidade e Estacionamento (Emel) vai lançar um concurso para a exploração de bicicletas eléctricas na frente ribeirinha, nas Avenidas Novas e na ligação entre as duas zonas, no eixo formado pela Fontes Pereira de Melo, Avenida da Liberdade e Baixa. Segundo o vereador Nunes da Silva, este sistema não terá custos para o município e o objectivo é que esteja em funcionamento já no Verão.