Avaliação mais longa da troika ainda sem fim confirmado
Gabinete do primeiro-ministro contraria CIP e nega ter dito que balanço da 7.ª avaliação será feito nesta quarta-feira.
"Durante a reunião não foi adiantada qualquer data para a apresentação dos resultados da sétima avaliação", indicou à agência Lusa fonte do gabinete de Pedro Passos Coelho, que nesta quarta-feira vai liderar a mais uma reunião do Conselho de Ministros, antecipada um dia, por causa da cimeira europeia de quinta e sexta-feiras, em Bruxelas.
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"Durante a reunião não foi adiantada qualquer data para a apresentação dos resultados da sétima avaliação", indicou à agência Lusa fonte do gabinete de Pedro Passos Coelho, que nesta quarta-feira vai liderar a mais uma reunião do Conselho de Ministros, antecipada um dia, por causa da cimeira europeia de quinta e sexta-feiras, em Bruxelas.
Esta posição surge depois de o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, ter dito que o primeiro-ministro terá "deixado no ar a ideia" de que a tradicional conferência de imprensa para fazer o balanço da sétima avaliação do memorando decorrerá nesta quarta-feira. Habitualmente é o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e o secretário Estado Adjunto Carlos Moedas quem anuncia as conclusões das reuniões com a troika.
Questionado sobre se esses sinais significam que poderá haver "fumo branco" resultante das negociações entre o Governo e a troika, o presidente da CIP respondeu que sim.
Nas últimas duas semanas, os representantes do Fundo Monetário Internacional, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu estiveram a discutir com o Governo os cortes de quatro mil milhões de euros, tema que poderá ter estado na origem do prolongamento do processo de avaliação. A grande dúvida é saber se os cortes na despesa do Estado serão apresentados ao mesmo tempo que os resultados da sétima avaliação ou se o Governo terá mais tempo para decidir onde irá fazer os ajustamentos necessários.
Dentro do Governo, há quem defenda que esses cortes devem ser diluídos no tempo e não devem ter como meta 2014, o compromisso assumido na sexta avaliação do memorando.