Inauguração do ex-Coliseu de Souto de Moura adiada
A autarquia assume já ter acordos com parceiros como a Fundação Serralves e a coreógrafa vianense Olga Roriz
A inauguração do ex-coliseu de Viana do Castelo, obra de 13,1 milhões de euros, sofreu novo atraso e já não acontecerá na Primavera, conforme previsão anterior, mas apenas depois de Junho, confirmou o autarca local.
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A inauguração do ex-coliseu de Viana do Castelo, obra de 13,1 milhões de euros, sofreu novo atraso e já não acontecerá na Primavera, conforme previsão anterior, mas apenas depois de Junho, confirmou o autarca local.
A inauguração do equipamento, desenhado pelo arquitecto Eduardo Souto de Moura e com capacidade máxima para 4.000 pessoas, foi anunciada pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, anteriormente, para Julho e depois para Dezembro de 2012. Segundo José Maria Costa, as condições climatéricas “atrasaram” os arranjos exteriores do equipamento, empreitada avaliada em mais de 1,1 milhões de euros e que deveria estar concluída esta Primavera.
“As obras estão agora a decorrer a bom ritmo e a perspectiva que temos nesta altura é de promover a abertura no mês de Junho, procurando associar a inauguração às comemorações da atribuição do foral [755 anos] a Viana”, acrescentou o autarca.
Estes atrasos nas obras exteriores “condicionam” a conclusão do edifício, nomeadamente pela dificuldade na instalação de equipamentos no interior. Os trabalhos na envolvente prevêem novos acessos pedonais e rodoviários, uma zona relvada e arbórea, além do prolongamento, para a foz, das escadarias de acesso ao rio Lima e o aparcamento específico para autocarros e ligeiros.
Lançada em 2007, esta obra, inicialmente denominada Pavilhão Multiusos, já viveu várias peripécias e chegou a ser suspensa, durante alguns meses, em 2011, por falta de financiamento.
Foi entretanto alvo de uma candidatura à Bolsa de Mérito da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, que garantiu 85 % da verba necessária através de fundos comunitários. Entre arranjos exteriores e a construção propriamente dita, o ex-coliseu vai custar mais de 13,1 milhões de euros.
Agora denominado como Centro Cultural de Viana do Castelo, o edifício tem uma área de implantação de 3.792 metros quadrados com 70,1 metros de comprimento, 54,1 metros de largura e 9,12 metros de altura. Estará preparado para acolher eventos de grande dimensão como festivais de música, concertos, cinema, congressos, exposições e feiras.
O autarca José Maria Costa garante que o equipamento vai permitir “consolidar” a marginal da cidade, com a praça da Liberdade, projectada por Fernando Távora, e a biblioteca municipal, desenhada por Siza Vieira.
Entretanto, a autarquia está à procura de “parceiros externos” para definir a programação do equipamento e “reduzir custos de produção”, nomeadamente com recurso a eventos nacionais e internacionais “distribuídos em rede”. “Para que possa ter uma boa e diversificada programação. Há coisas que gostaríamos de fazer mas não vamos ter dinheiro para as executar, teremos de reajustar o programa”, admitiu ainda. A autarquia assume já ter acordos deste género com a Fundação Serralves e com a coreógrafa vianense Olga Roriz.