Retrato de Van Dyck encontrado graças a uma pista digital
Inventário das obras de arte das colecções públicas britânicas leva à descoberta de um retrato do mestre flamengo que foi pintor da corte de Inglaterra.
Afinal, o retrato de Olivia Boteler Porter, dama de companhia da mulher de Carlos I, a rainha Henrietta Maria, é um original de Anthony Van Dyck (1599-1641), mestre do barroco flamengo que viria a ser pintor da corte inglesa a partir de 1632.
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Afinal, o retrato de Olivia Boteler Porter, dama de companhia da mulher de Carlos I, a rainha Henrietta Maria, é um original de Anthony Van Dyck (1599-1641), mestre do barroco flamengo que viria a ser pintor da corte inglesa a partir de 1632.
“É bastante evidente que se trata de um Van Dyck tardio, do período inglês”, disse à BBC News Christopher Brown, director do Museu Ashmoelan, em Oxford, e especialista na obra do pintor nascido em Antuérpia. “Não creio que haja qualquer dúvida [de que se trata de um original do artista flamengo]. Isto é Van Dyck no seu melhor”, acrescentou Brown, dizendo que este retrato reencontrado é uma “descoberta substancial”.
O retrato da dama de companhia da rainha estava em muito más condições, sujo e obscurecido por várias camadas de verniz. Ainda assim, quando apareceu no Your Paintings, o historiador e negociante de arte Bendor Grosvenor fixou-se nele e na possibilidade de ter sido pintado pelo artista da corte, o que viria a confirmar-se.
Caso viesse a ser colocada em leilão nas condições em que estava armazenada no museu, esta obra, explica Grosvenor ao diário francês Libération, dificilmente ultrapassaria os 5700 euros. Atribuída a Van Dyck, o seu valor sobe para 1,1 milhões.
O museu virtual Your Paintings, que recebe as obras reunidas pela Public Catalogue Foundation, associação que tem vindo a fazer o levantamento de todas as obras de arte das colecções públicas britânicas, reúne já 210 mil pinturas.