Cientistas japoneses criaram 26 gerações de ratinhos clonados
Um ratinho foi clonado, as suas crias foram clonadas, as crias destas foram clonadas e por aí fora – 26 vezes ao todo. Segundo os autores, o trabalho mostra que é possível reproduzir em massa animais de grande valor, mesmo após a sua morte.
Um avanço que, segundo Wakayama, irá permitir, por exemplo, clonar uma vaca que produza grandes quantidades de leite ou um animal cuja carne seja particularmente saborosa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Um avanço que, segundo Wakayama, irá permitir, por exemplo, clonar uma vaca que produza grandes quantidades de leite ou um animal cuja carne seja particularmente saborosa.
A técnica utilizada – dita de transferência nuclear de células somáticas – é a mesma que permitiu clonar a ovelha Dolly. Consiste em extrair o núcleo (que contém o ADN) de uma célula do animal que se pretende clonar, para a seguir introduzi-la num ovócito de outra vaca, previamente esvaziado do seu próprio núcleo. Daí resulta um embrião que será implantado no útero de uma terceira vaca – uma "barriga de aluguer".
Para conseguirem reproduzir a clonagem sequencialmente, de geração em geração, os cientistas tiveram de introduzir uma série de alterações na técnica original – o que, segundo Wakayama, permitiu aumentar a taxa de sucesso da clonagem.
Embora os ratinhos clonados apresentassem certas anomalias, tais como uma placenta maior do que o normal, essas diferenças não puseram a vida dos animais em perigo nem se agravaram ao longo das clonagens sucessivas. O cientista afirma ainda que os ratinhos clonados apresentam características biológicas normais, têm uma longevidade comparável à dos ratinhos não clonados e possuem as capacidades reprodutoras habituais dos ratinhos.
“Vamos continuar esta experiência até ao fim”, acrescentou Wakayama. "Quero chegar ao ponto de poder afirmar que seria possível prolongar esta cadeia ao infinito.”