Portas pede aos empresários portugueses para aumentar contactos com a Índia

Ministro dos Negócios Estrangeiros em Nova Deli com comitiva de empresários.

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Paulo Portas está na Índia até sexta-feira Foto: Yves Herman/Reuters

“Vamos ter um conjunto de contactos económicos e empresariais e, apesar de a Índia ser um mercado de mil e trezentos milhões e de exportarmos com regularidade para a Índia, nós exportamos muito pouco para a Índia”, disse Paulo Portas, referindo-se às políticas da diplomacia económica que “têm de ter seguimento e acompanhamento”.

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“Vamos ter um conjunto de contactos económicos e empresariais e, apesar de a Índia ser um mercado de mil e trezentos milhões e de exportarmos com regularidade para a Índia, nós exportamos muito pouco para a Índia”, disse Paulo Portas, referindo-se às políticas da diplomacia económica que “têm de ter seguimento e acompanhamento”.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Portugal exporta, no conjunto dos bens e dos serviços, 110 milhões de euros e, afirmou, o conjunto das importações para Índia fica próxima dos 500 milhões de euros.

“Isto avaliado, em si mesmo, quer dizer que alguma coisa não está a ser bem feita. Avaliado como potencial, significa que nós podemos crescer imenso nesta relação, se formos persistentes e se soubermos vender aquilo que temos de singular”, defendeu.

“Portugal e a Índia conhecem-se há centenas de anos, como todos sabemos. A História é apenas um elemento de reconhecimento, se não for seguida por uma visão contemporânea daquilo que está em cima da mesa. O que os portugueses não conseguirem fazer aqui, é o que outros farão”.

Paulo Portas sublinhou as políticas sobre a diplomacia económica que “têm de ter seguimento e acompanhamento”, na internacionalização, na exportação e na atracção de investimento.

“Os mercados tradicionais portugueses estão em estagnação ou em recessão e, como as empresas sabem bem melhor, o sítio para vender é onde há dinheiro para comprar. As coisas melhorarão certamente na Europa, mas os mercados europeus, que são muito importantes, estão muito estagnados ou muito recessivos e, pelo contrário, os mercados emergentes não são paraísos à chegada, mas eu queria que soubessem que o meu primeiro apelo é que estamos focados para conseguir contactos”, afirmou Paulo Portas, referindo-se ao “potencial” da Índia como mercado.

“A Índia é o maior beneficiário político da globalização, mais do que qualquer outro país emergente, a Índia não só conseguiu um espectacular crescimento do nível da classe média, mas foi um país que construiu uma base institucional, do ponto de vista científico, tecnológico e de criatividade, que dá cartas em muitos aspectos, no mundo”, argumentou o ministro dos Negócios Estrangeiros que esta segunda-feira tem um encontro marcado com o ministro indiano das Relações Exteriores, além da participação num seminário económico em Nova Deli.

Paulo Portas chegou à Índia no domingo, acompanhado pelo secretário de Estado da Cultura e pelo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Oficialmente, a visita começa esta segunda-feira e prolonga-se até sexta-feira, com deslocações a Mumbai e a Goa.