Sporting desvia dois pontos do FC Porto e baralha as contas do título

Os “dragões” assumiram o domínio do encontro, mas não foram capazes de ultrapassar a defesa “leonina” em Alvalade. E poderiam mesmo ter sido surpreendidos no final da primeira e da segunda partes

Foto
"Leões" e "dragões" empataram a zero AFP

Dominadores desde o apito inicial, os portistas não tiveram arte para ultrapassar a reforçada defesa dos lisboetas e estiveram até perto de ser surpreendidos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Dominadores desde o apito inicial, os portistas não tiveram arte para ultrapassar a reforçada defesa dos lisboetas e estiveram até perto de ser surpreendidos.

Jesualdo Ferreira optou, desta vez, pela experiência, mantendo no “onze” apenas dois dos mais jovens elementos que tem promovido na equipa principal: Ilori no centro da defesa e Eric mais adiantado no terreno, acompanhando Rinaudo à frente do quarteto mais recuado. O treinador “leonino” investia num meio-campo de combate, remetendo para o banco os criativos Zezinho e Bruma. Regressaram ainda Adrien, recuperado de uma lesão, e Joãozinho, que reocupou o lado esquerdo defensivo, transitando Rojo para o “miolo”.

Nos “dragões”, como era expectável, Vítor Pereira chamou Defour para render o lesionado João Moutinho, no sector intermédio, acompanhando Fernando e Lucho. Na frente, dois ex-sportinguistas mereceram a confiança do técnico portista para o clássico: Izmailov e Varela, a ladearem o titularíssimo Jackson.

The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched: ~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO

Com o xadrez definido, o apito inicial trouxe um FC Porto a querer assumir o controlo da partida e um Sporting de contra-ataque. Duas estratégias que ficaram bem ilustradas em dois lances ofensivos, logo aos 2’. No primeiro, Labyad aproveitou uma rápida transição atacante, mas acabou por cair na área, após um contacto com Danilo; no segundo, Jackson finalizou uma jogada da sua equipa com um remate à figura de Rui Patrício.

O adiantar do cronómetro comprovou o domínio dos “dragões”, que foram impondo o seu estilo de jogo, assente na posse e circulação de bola. Foram também encontrando espaços no meio-campo adversário e os lances de perigo sucederam-se. Como em outras ocasiões, valeu Rui Patrício (e alguma falta de pontaria dos visitantes) para o nulo ir persistindo no marcador.

Sem grandes referências na construção do seu jogo atacante (excepção feita, aos 43’, quando Wolfswinkel, isolado por Eric, permitiu a defesa de Helton, na melhor jogada dos “leões” e na grande oportunidade da primeira metade) e com erros defensivos persistentes, os lisboetas foram impotentes para algo mais do que comprovar a diferença entre as duas equipas, traduzida na tabela classificativa. No final dos primeiros 45’, os portistas registavam uma posse de bola de 66%, com 11 remates contra apenas três da equipa de Alvalade.

O segundo tempo trouxe duas novidades: o FC Porto deixou a agressividade atacante no balneário e a defesa do Sporting começou a acertar com as marcações. Dois factores determinantes para o desfecho do encontro. Isto, apesar dos visitantes manterem o domínio territorial.

Com o aproximar do final da partida, o nervosismo dos campeões nacionais foi-se intensificando e nem com os “leões” reduzidos a dez, por expulsão de Rojo (78’) a situação melhorou. Pelo contrário, em inferioridade numérica foi a equipa da casa a estar mais perto de marcar, valendo, mais uma vez, o desacerto de Wolfswinkel, para tudo acabar como começou.

FIGURAS DO JOGO: Rui Patrício e Helton

Foram os grandes protagonistas deste clássico e os principais responsáveis pelo nulo final. Rui Patrício provou que o erro que cometeu na última jornada no Estoril (que abriu a porta a uma derrota “leonina”, por 3-1) foi um acidente ultrapassado e voltou a transmitir grande segurança à sua equipa, em particular na primeira metade. Helton teve menos trabalho, mas ?de grau de dificuldade bastante elevado, acabando por evitar um mal maior aos “dragões” com um par de boas defesas.