IEFP confirma irregularidades no concurso de professores

Candidata casada com dirigente do IEFP da Guarda já não vai ocupar a vaga para que tinha sido seleccionada

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O IEFP abriu 914 vagas para professores

As listas definitivas com a ordenação dos candidatos às 914 vagas do concurso de professores, aberto pelo IEFP em Dezembro, foram ontem divulgadas. A lista respeitante ao Centro de Emprego da Guarda é acompanhada por uma nota onde se informa que para a ordenação dos candidatos do grupo 200 será apenas tida em conta a graduação obtida na plataforma da Direcção-Geral da Administração Escolar, que tem nomeadamente em conta o tempo de serviço. Esta decisão é justificada com “a necessidade de regularizar os procedimentos administrativos verificados no preenchimento desta vaga”.

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As listas definitivas com a ordenação dos candidatos às 914 vagas do concurso de professores, aberto pelo IEFP em Dezembro, foram ontem divulgadas. A lista respeitante ao Centro de Emprego da Guarda é acompanhada por uma nota onde se informa que para a ordenação dos candidatos do grupo 200 será apenas tida em conta a graduação obtida na plataforma da Direcção-Geral da Administração Escolar, que tem nomeadamente em conta o tempo de serviço. Esta decisão é justificada com “a necessidade de regularizar os procedimentos administrativos verificados no preenchimento desta vaga”.

No aviso de abertura deste concurso, o IEFP estipulava que o resultado da entrevista tinha um peso de 50% na classificação final dos candidatos. Na Guarda, a nota mais alta dos candidatos do grupo 200 (18,75 numa escala de 0 a 20) foi dada a uma professora que é casada com o coordenador do centro de emprego local. Devido a esta classificação, ficou na primeira posição para o preenchimento da única vaga aberta na Guarda para aquele grupo.

Com a supressão das classificações obtidas nas entrevistas, esta candidata é agora a última dos quatro docentes seleccionados no grupo 200. O caso começou por ser denunciado no blogue DeAr Lindo e noticiado depois no Correio da Manhã. O IEFP garantiu que “o cônjuge da candidata não teve qualquer interferência no candidato”, mas comprometeu-se a averiguar o sucedido “com vista à tomada de uma decisão, quer no plano legal, quer no plano ético, mais adequada a esta situação em concreto".

O resultado foi ontem conhecido. Do site do IEFP desapareceram entretanto as listas provisórias de ordenação dos candidatos após a realização das entrevistas. Nos blogues de professores têm sido várias as reclamações a propósito das notas obtidas nas entrevistas noutros centros de emprego, com docentes mais graduados a queixarem-se de terem sido excluídos por lhes ter sido atribuída uma nota inferior a 10.

Das 112 mil candidaturas apresentadas em Dezembro, na abertura do concurso, sete mil foram seleccionadas para passarem à fase de entrevista, mas cerca de 80% acabaram invalidadas, nomeadamente por os candidatos terem faltado injustificadamente à entrevista. A maioria dos faltosos tinha uma graduação profissional que os colocava entre os primeiros lugares nos seus grupos de recrutamento.

Puderam concorrer a este concurso, com vista a dar aulas em cursos profissionalizantes, os professores com vínculo ao Ministério da Educação e Ciência (MEC) e formadores que não tenham outros contratos com a administração pública. O início de funções estavam previstas para esta sexta-feira.