Segurança Social devolve edifício do call center à Câmara de Castelo Branco
Autarquia tinha exigido a entrega do imóvel que construiu e cedeu à Segurança Social, para acolher serviço que empregou 400 pessoas e foi extinto em Dezembro.
A entrega das chaves foi feita na última semana, na Câmara de Castelo Branco, pelo vice-presidente do Instituto de Segurança Social, um mês e meio depois de o autarca ter exigido essa devolução.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A entrega das chaves foi feita na última semana, na Câmara de Castelo Branco, pelo vice-presidente do Instituto de Segurança Social, um mês e meio depois de o autarca ter exigido essa devolução.
Na origem dessa exigência da câmara está o encerramento do serviço nacional Via Segurança Social, em Castelo Branco, que ocorreu no início de Dezembro.
O presidente da Câmara declarou à Lusa que o Instituto de Segurança Social e o Governo prestaram "um mau serviço a Castelo Branco". Joaquim Morão recorda que "a câmara tinha um contrato por 15 anos para o funcionamento desse serviço em instalações construídas e cedidas pelo município”. “Mas o Instituto de Segurança Social, sem qualquer contacto com a autarquia, rompeu esse contrato", disse.
O autarca refere que "a Câmara está a procurar uma alternativa para a utilização do edifício”. “Neste momento, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) está muito interessado, para, em conjunto, conseguirmos uma empresa para utilizar o edifício".
O encerramento definitivo do Centro de Contacto da Segurança Social em Castelo Branco foi anunciado pelo próprio Instituto de Segurança Social, no início de Dezembro, que não efectivou a concessão daquele serviço ao grupo RHmais, vencedor do concurso internacional. O Instituto de Segurança Social justificou o não funcionamento dessa concessão com uma "significativa redução de custos", passando o atendimento telefónico a ser assegurado por funcionários da Segurança Social espalhados pelo país. Aquele serviço chegou a empregar 400 funcionários em Castelo Branco.