Paulo Portas disposto a fazer "o que for preciso" para defender relações com Angola

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Portas é contra a venda de um canal Rui Gaudêncio

“Com respeito pela separação de poderes e tendo em conta que há sempre aspectos de direito internacional que em teoria se podem analisar, é preciso que alguém diga com clareza isto: o sistema judicial português não é o lugar adequado para dirimir questões internas de outros Estados”, disse Paulo Portas em declarações a jornalistas.

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“Com respeito pela separação de poderes e tendo em conta que há sempre aspectos de direito internacional que em teoria se podem analisar, é preciso que alguém diga com clareza isto: o sistema judicial português não é o lugar adequado para dirimir questões internas de outros Estados”, disse Paulo Portas em declarações a jornalistas.

“A relação de Portugal com Angola é muito importante, há mais de 8000 empresas portuguesas a trabalhar no mercado angolano, mais de 100 mil portugueses em Angola e eu farei aquilo que for preciso dentro as regras e da lei para evidentemente defender as relações entre Portugal e Angola”, afirmou o chefe da diplomacia portuguesa quando questionado sobre um comunicado da Procuradoria-Geral (PGR) de Angola que criticava a forma como o segredo de justiça é “sistematicamente” violado em Portugal em casos relativos a cidadãos angolanos.

O comunicado enviado à agência Lusa em Luanda na segunda-feira refere-se à publicação pelo semanário Expresso de uma notícia sobre a investigação que o Ministério Público de Portugal abriu contra o procurador-geral de Angola, João Maria Sousa, por alegada “suspeita de fraude e branqueamento de capitais”.