Passos admite nova revisão das metas do défice

Primeiro-ministro garante que “Portugal não quer nem mais dinheiro nem mais tempo”.

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Pedro Passos Coelho garante que Portugal não pedirá “nem mais dinheiro nem mais tempo para concluir” o processo com a troika. “Tencionamos concluí-lo até Junho de 2014 com o envelope financeiro que estava acordado” com as instituições internacionais, garantiu, ao início da tarde, o primeiro-ministro, no final de uma visita ao SISAB – Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas. No entanto, “é provável que essa matéria [o plano de prazos de ajustamento do défice] esteja novamente em discussão”, admitiu Pedro Passos Coelho.

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Pedro Passos Coelho garante que Portugal não pedirá “nem mais dinheiro nem mais tempo para concluir” o processo com a troika. “Tencionamos concluí-lo até Junho de 2014 com o envelope financeiro que estava acordado” com as instituições internacionais, garantiu, ao início da tarde, o primeiro-ministro, no final de uma visita ao SISAB – Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas. No entanto, “é provável que essa matéria [o plano de prazos de ajustamento do défice] esteja novamente em discussão”, admitiu Pedro Passos Coelho.

“O ano passado tivemos, na quinta avaliação, a possibilidade, a pedido do Governo português, de ter mais um ano para ajustar o défice do Estado”, lembrou o primeiro-ministro, deixando no ar a hipótese de tal voltar a acontecer desta vez e acrescentando que no âmbito europeu haverá mais países na mesma situação de Portugal.

Há dias, o ministro das Finanças admitiu, na comissão parlamentar, que o executivo espera que a Comissão Europeia proponha o prolongamento, por mais um ano, do prazo concedido a Portugal para “corrigir a situação de défice orçamental excessivo”. Em Setembro de 2012, a troika aceitou uma derrapagem nas metas do défice desse ano, de 4,5% para 5%, de 3% para 4,5% em 2013, mas mantendo os 2,5% em 2014.

“Estamos a iniciar uma avaliação. Iremos ver com atenção os números de que dispomos do lado da execução orçamental”, afirmou o primeiro-ministro, lembrando ser política da União Europeia não permitir que os Estados possam apresentar défices superiores a 3%.

Sobre a reforma do Estado e o corte de 4000 milhões de euros, o primeiro-ministro manteve a sua filosofia de não falar sobre áreas afectadas pelas reduções ou quando serão anunciadas tais medidas. “O Governo tem um compromisso com a troika de, neste exame, poder discriminar um conjunto de poupanças permanentes a partir de 2014.”