António Borges critica desigualdades na repartição dos sacrifícios
O consultor do Governo para as parcerias público-privadas diz que injustiças e impunidade estão na origem do descontentamento.
Borges admitiu que esta diferença está na origem do descontentamento. “A crise é mais injusta, mais penosa e mais difícil e leva mesmo a sentimentos profundos de revolta que todos devemos sentir”, afirmou na abertura do encontro da Pastoral Social este sábado, acrescentando que “não foram os mais pobres” a beneficiar da política do Governo de Pedro Passos Coelho.
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Borges admitiu que esta diferença está na origem do descontentamento. “A crise é mais injusta, mais penosa e mais difícil e leva mesmo a sentimentos profundos de revolta que todos devemos sentir”, afirmou na abertura do encontro da Pastoral Social este sábado, acrescentando que “não foram os mais pobres” a beneficiar da política do Governo de Pedro Passos Coelho.
“Houve quem beneficiasse muito com esta política e não foram os mais pobres. (…) E houve também quem ficasse prejudicado em termos relativos e quem acabasse por ver a sua situação piorar ao longo do tempo”, continuou o economista que, no ano passado, defendeu o aumento da TSU e a redução "urgente" dos salários e recentemente falou do corte de quatro mil milhões de euros (nos objectivos do Governo) como uma “questão acessória”. “Infelizmente, muitas vezes, são aqueles que pagam mais nesta fase de ajustamento e correcção.”
Nas declarações, registadas pela SIC Notícias, António Borges, que é consultor do Governo para as parcerias público-privadas, concluiu: “Não há efectivamente uma distribuição equitativa das consequências e muitas vezes há mesmo muita, muita impunidade.”