Ou Mark Hamill entra no novo Guerra das Estrelas ou Luke Skywalker desaparece da saga

As personagens já conhecidas da saga só serão representadas pelos seus actores originais no novo filme Guerra das Estrelas, disse Hamill, actor da primeira trilogia.

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Mark Hamill no papel de Luke Skywalker DR

Guerra das Estrelas VII só deverá chegar aos cinemas em 2015 e ainda pouco se sabe sobre o projecto. O realizador J.J. Abrams e o argumentista Michael Arndt são, para já, as únicas confirmações oficiais do novo título da ópera espacial criada por George Lucas em 1977. Mas nas últimas semanas são muitas as especulações em torno do elenco, com a imprensa e a crítica a rodear os actores que deram vida às personagens da primeira trilogia, a partir de cuja narrativa devem seguir os novos filmes, na tentativa de perceber o que está a ser planeado.

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Guerra das Estrelas VII só deverá chegar aos cinemas em 2015 e ainda pouco se sabe sobre o projecto. O realizador J.J. Abrams e o argumentista Michael Arndt são, para já, as únicas confirmações oficiais do novo título da ópera espacial criada por George Lucas em 1977. Mas nas últimas semanas são muitas as especulações em torno do elenco, com a imprensa e a crítica a rodear os actores que deram vida às personagens da primeira trilogia, a partir de cuja narrativa devem seguir os novos filmes, na tentativa de perceber o que está a ser planeado.

Mark Hamill, hoje com 61 anos mas um jovem rebelde Jedi em 1977, 80 e 83, é a segunda cara conhecida a falar do projecto da Disney, depois de Harrison Ford ter mostrado disponibilidade para participar no novo filme – e esta semana um crítico de cinema mexicano avançou ter fontes fidedignas de que o actor já tinha assinado com os estúdios para o sétimo episódio da saga da família Skywalker numa galáxia muito, muito distante.

Hamill, que protagonizou os três primeiros filmes da saga, confirmou nessa entrevista que foi contactado por George Lucas quanto à sua disponibilidade – Lucas, apesar da venda da sua produtora à Disney, mantém-se ligado aos projectos da mesma como consultor criativo. O actor explicou, no entanto, que ainda nada está firmado, tendo ainda assim uma reunião agendada com o argumentista e com a produtora e presidente da Lucasfilm Kathleen Kennedy. Kennedy, braço direito de Lucas durante anos, é a responsável pela gestão de Guerra das Estrelas dentro do conglomerado Disney. 

“Disse ao George que gostaria de voltar da forma como foi”, conta Hamill, lembrando a liberdade e a boa disposição partilhada por todo o elenco e equipa dos primeiros três filmes. “Outra coisa de que quero ter a certeza: vamos reunir o grupo todo outra vez? A Carrie [Fisher, Princesa Leia], o Harrison [Ford, Han Solo], o Billy Dee [Williams, Lando Calrissian], o Tony Daniels [C3PO] e todos do filme original vão voltar? Quero ter a certeza de que estamos todos nisto, em vez de apenas um”, continuou.

Mark Hamill, que falou sempre no plural, como se em representação dos seus colegas, revelou ainda que George Lucas lhe garantiu que, caso o actor não aceite voltar ao filme, não serão procurados actores substitutos. E a personagem desaparece da história, o mesmo acontecendo a todas as personagens originais da saga.

“Isto é tudo muito excitante e inesperado, é como tirar do armário umas calças que já não vestes há três anos e encontrar uma nota de 20 dólares no bolso. É muito inesperado”, acrescentou o actor.

A saga Guerra das Estrelas estreou em 1977 e adquiriu estatuto de culto, reforçado pelos dois episódios seguintes: O Império Contra-Ataca (1980) e O Regresso de Jedi (1983). No final da década de 1990, Lucas decidiu alargar a série a mais três episódios – que os americanos designam como "prequelas" – que, apesar de terem dividido a crítica, foram grandes sucessos comerciais: A Ameaça Fantasma (1999), O Ataque dos Clones (2002) e A Vingança dos Sith (2005).

Nesta nova fase, depois de a Walt Disney ter comprado a produtora Lucasfilm, está planeada mais uma trilogia e ainda filmes derivados do universo Guerra das Estrelas – que existe, além dos filmes, sob a forma de comics, romances e a popular série de animação Guerra dos Clones – estando em aberto a hipótese de serem feitos filmes focados em personagens específicas da saga.

A 30 de Outubro de 2012, a Walt Disney anunciou um acordo com George Lucas para a compra da produtora Lucasfilm por 4,05 mil milhões de dólares – todos os títulos de Indiana Jones Guerra das Estrelas, mas também os filmes iniciais da carreira de Lucas American Graffiti e THX 1138. Em 2006, a Disney comprou a Pixar por 7,4 mil milhões de dólares e em 2009 a Marvel por 4 mil milhões de dólares.