Remessas de portugueses em Angola cresceram quase quatro vezes em cinco anos

O dinheiro enviado pelos portugueses a viver em Angola já representa quase 10% do total das remessas contabilizadas pelo Banco de Portugal.

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O maior volume de remessas de emigrantes vem de França Manuel Roberto

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco de Portugal, o total de remessas recebidas atingiu o valor mais alto da última década, chegando aos 2,75 mil milhões de euros. Destes, perto de 10% são transferências de emigrantes em Angola, país em crescimento económico para onde está a aumentar a migração laboral de portugueses.

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Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco de Portugal, o total de remessas recebidas atingiu o valor mais alto da última década, chegando aos 2,75 mil milhões de euros. Destes, perto de 10% são transferências de emigrantes em Angola, país em crescimento económico para onde está a aumentar a migração laboral de portugueses.

O dinheiro enviado para Portugal foi 17,6 vezes superior às remessas que os imigrantes angolanos enviaram de Portugal. Com isto, e uma vez que o dinheiro que saiu de Portugal para Angola foi de 15,3 milhões de euros, houve um saldo positivo de 255,3 milhões de euros.

Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) foram, aliás, o grupo com o aumento mais expressivo de 2011 para 2012, com uma subida de 79,42%. O dinheiro enviado para Portugal passou de 155,3 milhões de euros para 278,7 milhões, cabendo de longe a maior fatia a quem emigrou para Angola. A seguir está Moçambique, embora o volume de remessas seja já de cinco milhões de euros.

Nos cinco principais países onde as remessas de emigrantes mais aumentaram estão Angola e quatro países europeus (Espanha, Alemanha, Itália e Holanda).

França continua a ser, no entanto, o país de onde são feitas mais transferências, que representam, aliás, mais de metade do bolo de remessas com origem em países da União Europeia. Os portugueses a viver em França enviaram no ano passado para Portugal 846,1 milhões de euros, menos 2,47% do que em 2011.