Paulo Macedo põe em causa construção de centros materno-infantil e de reabilitação do Norte
Equipamentos foram apontados pelo ministro da Saúde como exemplos de desperdício que urge combater.
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“Está a acabar de ser construído um centro materno-infantil que, juntamente com o que já existia, tem 30 mil metros quadrados, [quando] a maternidade tinha oito mil. Agora, é preciso saber quais são as opções, tendo em atenção a natalidade. Vamos concentrar ou não?”, questionou o governante.
À saída do encontro, foi um pouco mais específico, lembrando que este investimento tinha três fases. “Se calhar, o que faz sentido é nós concluirmos a primeira fase e, por exemplo, o parque de estacionamento não ser uma das prioridades nesta época”.
Quanto ao novo centro de reabilitação situado em Gaia, o ministro também equacionou o seu futuro. “Vamos concentrar toda a reabilitação lá, fechamos [as valências] nos outros hospitais e esses hospitais estão disponíveis para fechar a reabilitação?”, perguntou Paulo Macedo, lamentando que o “grande problema” em Portugal seja “nunca fazer escolhas”. “Queremos ter um sistema de saúde aditivo ou diferenciador?”, questionou ainda, notando que é necessário abrir mais camas de cuidados continuados, mas, em simultâneo, acabar com a sobreposição de camas de agudos nos hospitais.
Paulo Macedo voltou a defender que o financiamento do Serviço Nacional de Saúde deve ser feito através de impostos e assegurou, mais uma vez, que as taxas moderadoras não serão uma fonte de financiamento.