Escolas iniciam esta segunda-feira semana de luta contra cortes na Educação
A semana de luto promovida pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) dura até sexta-feira.
A frase “Professores de luto em luta pela profissão e pela defesa da escola pública” invade esta segunda-feira milhares de escolas inscrita em cartazes, faixas, lenços, autocolantes. A semana de luto promovida pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) dura até sexta-feira e, como adiantou ao PÚBLICO Mário Nogueira, daquela estrutura sindical, pretende denunciar as consequências das medidas e dos cortes impostos pelo Ministério da Educação na qualidade do ensino público em Portugal.
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A frase “Professores de luto em luta pela profissão e pela defesa da escola pública” invade esta segunda-feira milhares de escolas inscrita em cartazes, faixas, lenços, autocolantes. A semana de luto promovida pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) dura até sexta-feira e, como adiantou ao PÚBLICO Mário Nogueira, daquela estrutura sindical, pretende denunciar as consequências das medidas e dos cortes impostos pelo Ministério da Educação na qualidade do ensino público em Portugal.
“Desde a instabilidade dos postos de trabalho ao empobrecimento dos currículos, passando pelos mega-agrupamentos, aquilo a que estamos a assistir é ao maior ataque contra a escola pública dos últimos quarenta anos”, precisou o sindicalista, cujas contas apontam para a distribuição pelas escolas de 1.200 faixas pretas, 40 mil lenços a usar pelos docentes, milhares de autocolantes e ainda “dois a três mil cartazes”.
O arranque nos protestos será dado com a colocação de uma faixa de luto nas instalações do Ministério da Educação, por volta das 11h00. Seguem-se várias iniciativas ao longo da semana, em que se incluem conferências de imprensa sobre temas como a “gravíssima situação” que se vive no Ensino Superior e o desemprego entre os docentes.
“A 31 de Dezembro havia 31.501 professores sem colocação e a situação não variou muito desde então”, conta Mário Nogueira. Por outro lado, os professores representam cerca de metade dos 28 mil funcionários públicos que cessaram o vínculo em 2012. “São 14 mil professores, muitos dos quais poderiam ter-se mantido em funções durante mais tempo se não estivessem a ser vítimas de um autêntico bullying político por parte deste Governo”, considera o mesmo responsável.
A Fenprof conta chegar ao final da semana com uma resposta de Nuno Crato ao pedido de audiência que lhe foi endereçado e que continua sem resposta. “Já redireccionámos esse pedido para Pedro Passos Coelho e este disse que sim mas voltou a remeter para Nuno Crato que continua sem dizer nada. Esse silêncio é inconcebível porque os professores precisam de saber com o que podem contar e significa que o senhor ministro ou não tem nenhum projecto para a educação em Portugal ou até tem mas sabe que não manda nada e por isso não o apresenta”, criticou Nogueira, para quem o pedido de adiamento por um ano do corte de quatro mil milhões de euros que o Governo irá pedir à troika, “não vai reverter a opção ideológica que está na sua origem e que, no caso da Educação, é destruir a escola pública em Portugal”.
O líder da Fenprof acrescentou que durante esta semana serão apresentados alguns dados sobre as acções judiciais intentadas pela estrutura sindical para travar a criação de alguns mega-agrupamentos anunciados.