O golo de água que traiu a resposta republicana a Obama
Pausa de Marco Rubio para molhar a garganta desviou as atenções da reacção ao discurso do estado da União. No Twitter, o momento foi baptizado como watergate e waterbreak.
Foi já perto do final da resposta ao discurso do Presidente – que ultrapassava as cinco páginas de texto, quase metade do tamanho da intervenção de Obama. Num discurso histórico, porque o senador, de origem cubana, falou em inglês e castelhano, Rubio explicava as propostas republicanas para a classe média e continuou a fazê-lo. “A escolha é entre um governo grande e uma grande economia”, prosseguiu, já com a garganta menos seca.
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Foi já perto do final da resposta ao discurso do Presidente – que ultrapassava as cinco páginas de texto, quase metade do tamanho da intervenção de Obama. Num discurso histórico, porque o senador, de origem cubana, falou em inglês e castelhano, Rubio explicava as propostas republicanas para a classe média e continuou a fazê-lo. “A escolha é entre um governo grande e uma grande economia”, prosseguiu, já com a garganta menos seca.
Mas o momento não passou em claro e os tweets sucederam-se. O que não surpreende, atendendo à importância da imagem, e da encenação, na política. O próprio senador entrou no jogo: na sua conta do Twitter reproduziu a imagem da garrafa de água Poland Spring, usada para matar a sede.
Foi também nessa rede social que surgiram os primeiros comentários mais substantivos. Mike Murphy, um estratega republicano, assumiu, numa mensagem no Twitter citada pelo jornal USA Today, que o incidente distraiu as atenções e prejudicou a intervenção.
Garret Jackson, que trabalhou com Mitt Romney, o rival republicano de Barack Obama nas eleições de Novembro do ano passado, disse que o problema foi causada pelo insuficiente trabalho do staff de Rubio. “Eu teria posto a garrafa mais perto”, escreveu também no Twitter. “Haha. Marco precisa de ajuda.”
Rubio, 41 anos, está a ser a nova aposta de um partido abandonado pelos jovens e pelos hispânicos nas presidenciais de Novembro de 2012. A sua intervenção foi também condicionada por problemas de som, mas o que mais comentários mereceu nas redes sociais foi o momento em que se inclinou para beber água, baptizado como waterbreak ou watergate.