EUA estudam processar também a Moody's por fraude
Depois da Standard & Poor's, o Governo pode tentar responsabilizar a Moody's em tribunal por ter contribuído para o início da crise financeira.
A acusação do Departamento de Justiça deverá ser a mesma que foi feita à S&P: a agência manipulou deliberadamente a classificação de rating de produtos financeiros cuja falência foi crucial para o início da crise.
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A acusação do Departamento de Justiça deverá ser a mesma que foi feita à S&P: a agência manipulou deliberadamente a classificação de rating de produtos financeiros cuja falência foi crucial para o início da crise.
Mas a decisão de avançar também sobre a Moody's ainda não está tomada, sublinha a Reuters, que cita fontes ligadas ao processo, só devendo acontecer depois do início do julgamento da Standard & Poor's e se perceber qual pode ser o desfecho.
Na segunda-feira, o Departamento de Justiça dos EUA avançou com uma queixa em tribunal por fraude civil contra a S&P, alegando que esta contribuiu para o início da crise financeira norte-americana. A acusação do Governo defende que a agência estava consciente de que as notações de rating dadas aos produtos financeiros que entraram em incumprimento em 2008 estavam erradas.
A S&P refuta as alegações do Departamento de Justiça e defende-se com o facto de outras agências de rating terem dado as mesmas qualificações aos mesmos produtos financeiros, como os subprime e os Octonion I.
Esta é a primeira grande acção judicial de um Governo contra uma agência de rating depois do início da crise financeira mundial.
Das três grandes agências de rating, apenas a Fitch ficaria de fora da acção do Governo norte-americano. A Fitch, cuja propriedade se encontra dividida entre a holding francesa Financière Marc de Lacharrière e o grupo de media norte-americano Hearst Corporation, é a única das grandes agências não totalmente dos EUA.
Notícia corrigida: no segundo parágrafo trocada a referência ao Departamento de Defesa pelo Departamento de Justiça.