Beijos na boca podem ajudar a identificar violadores
Um beijo intenso deixa vestígios durante, pelo menos, uma hora. Em caso de violação, por exemplo, o ADN transferido durante o gesto pode ajudar a identificar o agressor. A conclusão é de um estudo da Universidade Comenius, em Bratislava
O estudo do Instituto de Biologia Molecular da Universidade Comenius, em Bratislava, não deixa dúvidas: o beijo na boca pode ajudar a identificar quem o deu, já que durante o gesto — habitualmente de carinho, entre casais apaixonados — o casal troca não só bactérias e saliva mas também material genético (através de células mortas presentes na boca).
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O estudo do Instituto de Biologia Molecular da Universidade Comenius, em Bratislava, não deixa dúvidas: o beijo na boca pode ajudar a identificar quem o deu, já que durante o gesto — habitualmente de carinho, entre casais apaixonados — o casal troca não só bactérias e saliva mas também material genético (através de células mortas presentes na boca).
Mesmo quando o beijo é forçado, este material genético é transmitido e é detectável até uma hora depois. Esta descoberta pode ser essencial, por exemplo, em caso de agressão sexual em que a vítima tenha sido forçada ao beijo, uma vez que a identificação de material biológico externo é uma das tácticas utilizadas em testes forenses de ADN.
"É possível obter um perfil genético completo", o que ajudará a "identificar suspeitos e excluir inocentes", explica Natália Kamodyová, líder da equipa de investigação. No entanto, o método utilizado só permite detectar ADN masculino na saliva da mulher, já que se baseia na detecção do cromossoma Y.
Ainda assim, a equipa acredita que estas conclusões são de elevada importância e não quer ficar por aqui. Os próximos objectivos deste estudo, que já foi publicado no Forensic Science International: Genetics já estão traçados: a tentativa de prolongamento do período de tempo em que é possível detectar o ADN masculino e ainda obter o ADN também do corpo de mulheres que já estejam mortas.