Deputados municipais de Lisboa rejeitaram silo automóvel no Campo das Cebolas

Oposição considera que o projecto não resolve os problemas de falta de estacionamento na zona.

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Autarquia sublinha que a zona tem falta de estacionamento José Fernandes/Arquivo

O projecto do silo automóvel previa a criação de 382 lugares de estacionamento em quatro pisos, um deles subterrâneo, numa área de cerca de 4600 metros quadrados, com uma zona comercial e uma creche.

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O projecto do silo automóvel previa a criação de 382 lugares de estacionamento em quatro pisos, um deles subterrâneo, numa área de cerca de 4600 metros quadrados, com uma zona comercial e uma creche.

O espaço seria gerido pela EMEL, tal como acontece com o silo do Mercado do Chão do Loureiro, responsabilidade que motivou o voto contra dos partidos da oposição na assembleia: PPM, MPT, CDS-PP, PSD, PCP, BE e PEV.

Depois da votação, o deputado social-democrata Magalhães Pereira disse à Lusa que a gestão do silo pela EMEL significaria estacionamento a preços elevados e que, por isso, “não iria resolver” a falta de estacionamento daquela zona.

Magalhães Pereira salientou ainda que a criação de um supermercado no silo, à semelhança do que acontece no Mercado do Chão do Loureiro, iria criar “concorrência desleal” com os comerciantes da Baixa.

O deputado do PSD lembrou que aquela é uma zona “de praia”, conquistada ao rio Tejo, e que o silo seria construído em cima do túnel do metro de Lisboa, uma zona de salvaguarda do património, segundo o Plano de Pormenor e Salvaguarda da Baixa. Estes foram argumentos repetidos um pouco por toda a oposição.

Perante as críticas destes partidos, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, salientou a “necessidade de estacionamento seja para residentes, seja para comércio da Baixa”, necessidades que estão identificadas desde o início de 2000.

Quanto ao piso enterrado do silo, Manuel Salgado disse que “não fica em cima do túnel do metro” e que estava previsto no Plano de Salvaguarda da Baixa.

Durante a sessão desta tarde, a assembleia aprovou a isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) à entidade privada gestora do Parque Roma, estacionamento da Avenida da Roma, o Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil, a aquisição do Convento do Desagravo (para receber cinco escolas) e do Complexo Desportivo da Lapa (para receber a hemeroteca e uma biblioteca comunitária) e as taxas municipais de ocupação do espaço público e dos mercados.