Esqueleto encontrado em Leicester pertence ao rei Ricardo III

Mistério com 500 anos foi resolvido. Esqueleto do monarca estava debaixo de um parque de estacionamento.

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A descoberta termina com um mistério que tinha mais de 500 anos, em que várias foram as pistas exploradas sobre o destino que teriam tido as ossadas do último rei inglês a morrer em combate. Sabia-se apenas que o seu corpo teria sido transportado do local da batalha, onde morreu, para ser exposto em Leicester e que teria sido sepultado junto uma igreja franciscana – uma pista que deixou de ser possível seguir quando em pleno século XVI a igreja foi demolida em consequência da reforma religiosa.

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A descoberta termina com um mistério que tinha mais de 500 anos, em que várias foram as pistas exploradas sobre o destino que teriam tido as ossadas do último rei inglês a morrer em combate. Sabia-se apenas que o seu corpo teria sido transportado do local da batalha, onde morreu, para ser exposto em Leicester e que teria sido sepultado junto uma igreja franciscana – uma pista que deixou de ser possível seguir quando em pleno século XVI a igreja foi demolida em consequência da reforma religiosa.

O rei Ricardo III, que foi descrito por William Shakespeare como um monstro tirano que matou dois sobrinhos, morreu aos 32 anos quando lutava com o seu suposto sucessor, Henrique Tudor, durante a batalha de Bosworth Field, que teve lugar no Centro do país, em 1485. A morte de Ricardo colocou também fim à chamada Guerra das Rosas, com a subida ao trono dos Tudor.

Agora uma equipa de historiadores e de arqueólogos da Universidade de Leicester assegura que o esqueleto encontrado no ano passado, durante umas escavações de uma zona medieval subjacente a um parque de estacionamento, pertence mesmo a Ricardo III, disse à Reuters o coordenador do projecto, Richard Buckley.

A mesma fonte explicou que os vestígios de ADN que foram obtidos através dos ossos coincidem com o ADN da família do monarca. A BBC adianta, ainda, que os ossos revelam dez ferimentos, sendo oito deles no crânio, e que a datação de carbono permitiu situar a morte entre 1455 e 1540.

A confirmação da identidade do esqueleto tornou-se possível porque uma outra equipa de historiadores encontrou uma mulher que é descendente directa da família de Ricardo III e que cedeu uma amostra de ADN. A Universidade de Leicester já informou que os restos mortais do monarca serão sepultados na catedral da cidade.