António Costa avisa Seguro que tem de unir o partido até 10 de Fevereiro

António José Seguro considera que o PS saiu mais unido da reunião da Comissão Política da noite de terça-feira, mas António Costa discorda. Por isso, o presidente da câmara de Lisboa, coloca o ónus do esforço dessa união no actual líder e estipula um prazo: 10 de Fevereiro, data da próxima Comissão Nacional.

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António Costa vai ao Porto num momento em que as estruturas locias estão em turbulência Nuno Ferreira Santos

No programa Quadratura do Círculo, que vai para o ar esta noite na SIC Notícias, António Costa volta ao assunto, para avisar que o entendimento para unir o partido, que serve de condição para que avance ou não, tem prazo. E este termina a 10 de Fevereiro, quando se realizar a reunião da Comissão Nacional socialista.

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No programa Quadratura do Círculo, que vai para o ar esta noite na SIC Notícias, António Costa volta ao assunto, para avisar que o entendimento para unir o partido, que serve de condição para que avance ou não, tem prazo. E este termina a 10 de Fevereiro, quando se realizar a reunião da Comissão Nacional socialista.

“[O esforço de unir o partido] é um esforço que se clarifica rapidamente porque há calendários que estão neste momento a correr”, esclarece Costa, deixando um sério aviso: “Até lá tem de haver clarificações da possibilidade ou impossibilidade de haver esse entendimento comum.”

Ao mesmo tempo, deixa implícito que o estado das coisas no partido já está, à partida, definido: “A unidade desejada pelos militantes não é algo que se decreta. Se essa orientação estratégica for comum, não há razão para construir divisões de listas. Se não há [estratégia comum] é natural que isso se exprima na sua pluralidade. Aquilo que foi o resultado da Comissão Política não é que não há desacordo. O que resultou (...) foi o empenho de todos para procurar construir essa unidade.” A tal unidade que é preciso conseguir até dia 10 de Fevereiro e cuja responsabilidade está, segundo Costa, do lado de António José Seguro.

Às acusações de deslealdade de que foi alvo por parte de apoiantes de Seguro – e pelo próprio, que na reunião de terça para quarta-feira lamentou a “deslealdade” e “irresponsabilidade” e um ambiente de “obstrução permanente” à direcção – Costa confessou o seu desagrado. “Ouvi (…) e não gostei.” Mais: “É um tipo de linguagem imprópria para o PS e que não tem tradição no PS. Não tem tradição no PS e não tem futuro.”