Dezanove anos de prisão para homem acusado de 7200 crimes sexuais contra menores

Colectivo de juízes deu por provados milhares de crimes de abuso continuado de menores, pornografia de menores e gravações ilícitas.

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No computador do arguido foram encontrados milhares de ficheiros envolvendo menores Pedro Cunha

O colectivo de juízes deu por provada a maioria dos crimes de que vinha acusado, incluindo os de abuso continuado de menores, pornografia de menores e gravações ilícitas. O Ministério Público tinha pedido uma pena nunca inferior a 22 anos de prisão efectiva.

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O colectivo de juízes deu por provada a maioria dos crimes de que vinha acusado, incluindo os de abuso continuado de menores, pornografia de menores e gravações ilícitas. O Ministério Público tinha pedido uma pena nunca inferior a 22 anos de prisão efectiva.

Em causa está um informático de 53 anos, morador em Benfica, Lisboa, que abusou durante anos de três rapazes e três raparigas menores de idade. Ao todo, eram-lhe imputados 7219 crimes de abuso sexual de crianças agravado, 156.025 crimes de pornografia de menores – gravados em CD e em discos dos computadores – e 1401 crimes de gravações e fotos ilícitas.

O homem é suspeito de, entre 2007 e 2011, ter praticado actos de natureza sexual, relações sexuais e masturbação com menores, de idades compreendidas entre os três e os 12 anos, aproveitando-se das relações de vizinhança e de confiança que mantinha com as vítimas.

O arguido terá filmado as relações sexuais, tendo sido apreendidos no seu computador milhares de ficheiros de natureza pornográfica envolvendo menores. Estava também acusado de ter cedido estas imagens e filmes numa página de Internet, permitindo o acesso a terceiros.

Todo o julgamento decorreu à porta fechada, à excepção da sessão desta quarta-feira, para leitura do acórdão, que, como determina a lei, foi pública. Na anterior sessão do julgamento, para as alegações finais da defesa e da acusação, o arguido terá assumido os crimes e pedido desculpa às vítimas.