Passos confirma mexidas no Governo e lista dos remodeláveis pode ser entregue amanhã a Cavaco
Primeiro-ministro não confirma quem são os governantes que vão sair. "É muito provável que possa haver também algumas pequenas alterações", revela.
A demissão foi apresentada depois de Paulo Júlio ter sido notificado no passado dia 21 pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra com um despacho de acusação pela alegada prática, em 2008, enquanto presidente da Câmara de Penela, de um crime de “prevaricação de titular de cargo político”.
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A demissão foi apresentada depois de Paulo Júlio ter sido notificado no passado dia 21 pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra com um despacho de acusação pela alegada prática, em 2008, enquanto presidente da Câmara de Penela, de um crime de “prevaricação de titular de cargo político”.
“Vai ser necessário, como é público, substituir o senhor secretário de Estado Paulo Júlio, e é muito provável que possa haver também algumas pequenas alterações ou ajustamentos nas equipas ministeriais que os senhores ministros entendam oportunos”, declarou o primeiro-ministro aos jornalistas, no final de uma cerimónia da tomada de posse da nova direcção da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), em Vila Nova de Gaia.
Considerando que a questão da remodelação “não terá dignidade para ocupar grande destaque político no debate interno” do país, Passos afirmou apenas que a renovação “será bastante breve” e que “ajustamentos nas equipas ministeriais são coisas normais e correntes, não têm dignidade de um primeiro plano político, é uma matéria que ficará encerrada muito rapidamente e sobre a qual informarei o senhor Presidente da República”.
Os jornalistas confrontaram o primeiro-ministro sobre uma eventual remodelação mais alargada do seu Governo ainda antes da realização das eleições autárquicas, mas também em relação a esta questão Passos Coelho foi parco nos comentários, afirmando não fazer “especulações sobre remodelações do Governo ou de ministros”.
A demissão do ex-governante Paulo Júlio, na passada sexta-feira, abriu a porta a uma mini-remodelação governamental, prevendo-se que estejam de saída os secretários de Estado das Florestas, Daniel Campelo; do Emprego e da Inovação, Pedro Silva Martins; e do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira.
Na terça-feira, especulava-se muito sobre a eventual saída dos secretários de Estado da Economia, Almeida Henriques, apontado para ser o candidato do PSD à Câmara de Viseu, e dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio. Já esta quarta-feira, havia quem garantisse que estes dois membros do executivo de Passos também deveriam deixar o Governo.
Sobre a candidatura do PSD à Câmara de Gaia, o primeiro-ministro e presidente do partido não abriu o jogo. Depois da confusão na escolha do sucessor de Luís Filipe Menezes, um dos nomes que têm sido falados, e que é avançado pelo Correio da Manhã, na sua edição desta quarta-feira, é o do deputado Carlos Abreu Amorim, que pode vir a ser escolhido pelos órgãos nacionais do PSD.