Quercus considera "preocupante" predomínio do eucalipto nas florestas

Associação considera que área será ainda superior à revelada por dados preliminares do inventário florestal.

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As empresas de celulose têm-se queixado de falta de matéria-prima Daniel Rocha

“No caso do eucalipto, é preocupante, sobretudo ao nível da propagação dos incêndios florestais. É uma situação que nós vemos com alguma apreensão”, afirmou, em declarações à agência Lusa, Domingos Patacho, da Quercus.

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“No caso do eucalipto, é preocupante, sobretudo ao nível da propagação dos incêndios florestais. É uma situação que nós vemos com alguma apreensão”, afirmou, em declarações à agência Lusa, Domingos Patacho, da Quercus.

O PÚBLICO avança nesta quarta-feira que o eucalipto “já se tornou a primeira espécie da floresta nacional”. Domingos Patacho referiu que, para a Quercus, “não é novidade que o eucalipto seja a primeira espécie em termos de ocupação de área em Portugal”. “Há mais de dez anos que dizíamos que o eucalipto ia avançar para áreas na ordem de já quase um milhão de hectares, e não andará muito longe disso”, disse.

O ambientalista referiu ter “algumas dúvidas sobre a fiabilidade dos dados [revelados]”, porque “há povoamentos mistos que não são contabilizados como área de eucaliptal”. Por isso, Domingos Patacho calcula que “os valores serão ainda superiores em relação aos que foram anunciados”.

De acordo com a Quercus, as plantações de eucalipto acarretam impactes ambientais consideráveis sobre o território, nomeadamente uma maior erosão do solo, a alteração do regime hídrico, a perda de biodiversidade e a alteração da paisagem, para além de facilitarem a propagação dos incêndios florestais de forma muito mais significativa do que as florestas constituídas por espécies autóctones.